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Coimbra (Sé Nova), Portugal
Introdução: Uma revisão atual da literatura permite perceber que a Literacia em Saúde Mental, a Inteligência Emocional e o Bem-Estar têm sido alvo de um crescente interesse pela comunidade científica. No entanto, são ainda escassas as pesquisas sobre a relação entre estes constructos, principalmente considerando a etapa da adolescência. Assim, este estudo pretende contribuir para a investigação das relações entre estas variáveis, clarificando o potencial valor preditivo da Literacia em Saúde Mental face à Inteligência Emocional e ao Bem-Estar. Pretende-se, ainda, analisar o efeito de algumas variáveis sociodemográficas nos níveis de Literacia em Saúde Mental, Inteligência Emocional e Bem-Estar. Método: Uma amostra constituída por 341 adolescentes portugueses (181 do sexo feminino), dos 15 aos 18 anos, respondeu a um conjunto de questões de autorrelato, através do preenchimento dos seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico, Mental Health Literacy Questionnaire, Questionário de Inteligência Emocional - Versão para jovens e Mental Health Continuum - Short Form. Resultados: A análise dos dados obtidos revela que existe uma associação significativa e positiva entre os constructos, sendo a correlação entre Inteligência Emocional e Bem-Estar a mais forte e significativa. Verifica-se que a Literacia em Saúde Mental exerce poder preditivo e positivo face à Inteligência Emocional e ao Bem-Estar. Constata-se também que as pontuações das escalas revelam um efeito do género e que aqueles que frequentaram consultas de psicologia obtiveram pontuações mais baixas em Inteligência Emocional e Bem-Estar. Discussão e Conclusão: Das relações encontradas são retiradas implicações para a investigação e para a prática.
Introduction: A current review of the literature allows us to see that Mental Health Literacy, Emotional Intelligence and Well-Being have been the target of growing interest in the scientific community. However, there is still little research on the relationship between these constructs, especially considering the adolescence stage. Therefore, this study aims to contribute to the investigation of the relationships between these variables, clarifying the potential predictive value of Mental Health Literacy in relation to Emotional Intelligence and Well-Being. It is also intended to analyse the effect of some sociodemographic variables on the levels of Mental Health Literacy, Emotional Intelligence and Well-Being. Method: A sample consisting of 341 Portuguese adolescents (181 female), aged 15 to 18, answered a set of self-report questions, by completing the following instruments: Sociodemographic Questionnaire, Mental Health Literacy Questionnaire, Emotional Intelligence Questionnaire - Youth version, and Mental Health Continuum - Short Form. Results: Analysis of the data obtained reveals that there is a significant and positive association between the constructs, with the correlation between Emotional Intelligence and Well-Being being the strongest and most significant. It appears that Mental Health Literacy has predictive and positive power in relation to Emotional Intelligence and Well-Being. It is also noted that the scales scores reveal a gender effect and thatthose who attended psychology consultations obtained lower scores in Emotional Intelligence and Well-Being. Discussion and Conclusion: Implications for research and practice are drawn from the relationships found.
