El objetivo principal de este trabajo fue analizar el valor predictivo de las funciones ejecutivas en relación con los cambios en el rendimiento académico entre adolescentes de secundaria a partir de la autoevaluación y de la evaluación de los padres. El estudio consistió en una investigación cuantitativa no experimental, descriptivo-correlacional de 265 adolescentes de entre 12 y 17 años. Los y las estudiantes evaluaron sus propias funciones ejecutivas utilizando la Escala de Autorreporte de Funciones Ejecutivas, mientras que sus padres/tutores las evaluaron con la Escala Parental de Funciones Ejecutivas. El estatus socioeconómico se obtuvo mediante la Encuesta de Nivel Socioeconómico, y el rendimiento académico se obtuvo a partir de los boletines de calificaciones. Los resultados mostraron una correlación positiva entre el rendimiento académico y las funciones ejecutivas, percibidas tanto por los adolescentes como por los padres; así como entre el rendimiento académico y el estatus socioeconómico. Además, el rendimiento académico fue significativamente explicado por el estatus socioeconómico y las actividades relacionadas con la memoria de trabajo y la planificación, percibidas tanto por los adolescentes como por los padres. Basándose en estos resultados, el estudio concluye que los adolescentes son capaces de reflexionar sobre la eficacia de sus funciones ejecutivas de forma relevante para su rendimiento académico, y que los cuidadores pueden proporcionar información relevante sobre las funciones ejecutivas de sus hijos. Además, los resultados destacan la importancia del estatus socioeconómico a la hora de examinar la relación entre las funciones ejecutivas y el rendimiento académico.
The primary aim of this work was to analyze the predictive value of executive functions in relation to changes in academic performance among secondary school adolescents based on self- and parental assessment. The study consisted of a quantitative non-experimental, descriptive-correlational investigation of 265 adolescents aged 12-17 years. Students assessed their own executive functions using the Self-Report Executive Functioning Scale, while their parents/guardians assessed them using the Parental Executive Function Scale. Socioeconomic status was obtained with the Socioeconomic Level Survey, and academic performance was obtained from the report cards. The results showed a positive correlation between academic performance and executive functions, as perceived by both adolescents and parents; as well as between academic performance and socioeconomic status. Furthermore, academic performance was significantly explained by socioeconomic status and activities related to working memory and planning, as perceived by both adolescents and parents. Based on these findings, the study concludes that adolescents are capable of reflecting on the effectiveness of their executive functions in a way that is relevant to their academic performance, and that caregivers can provide relevant information about their children’s executive functions. Additionally, the findings highlight the importance of socioeconomic status when examining the relationship between executive functions and academic performance.
O principal objetivo deste trabalho foi analisar o valor preditivo das funções executivas em relação a alterações no desempenho académico de adolescentes do ensino secundário, com base na autoavaliação e na avaliação parental. O estudo consistiu numa investigação quantitativa, não-experimental, descritivo-correlacional, com 265 adolescentes com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos. Os estudantes avaliaram as suas próprias funções executivas através da Self-Report Scale of Executive Functions, enquanto os seus pais/encarregados de educação as avaliaram através da Parental Scale of Executive Functions. O estatuto socioeconómico foi obtido através do Inquérito sobre o Estatuto Socioeconómico e o desempenho académico foi obtido a partir das pautas das classificações. Os resultados revelaram uma correlação positiva entre o desempenho académico e as funções executivas, tal como são percebidas pelos adolescentes e pelos pais, bem como entre o desempenho académico e o estatuto socioeconómico. Além disso, o desempenho académico foi significativamente explicado pelo estatuto socioeconómico e pelas actividades relacionadas com a memória de trabalho e o planeamento, de acordo com a perceção dos adolescentes e dos pais. Com base nestes resultados, o estudo conclui que os adolescentes são capazes de refletir sobre a eficácia das suas funções executivas de uma forma que é relevante para o seu desempenho académico, e que os pais podem fornecer informações relevantes sobre as funções executivas dos seus filhos. Além disso, os resultados evidenciam a importância do estatuto socioeconómico na análise da relação entre as funções executivas e o desempenho académico.