Tempo não é uma concepção unívoca. Longe disso, é uma noção que evoca a necessidade de diferentes perspectivas de reflexões para que possamos sair de um senso comum linear alimentado pela lógica capitalista-colonial de progresso. Pensando nisso, este ensaio busca fazer uma breve retomada da noção de “futuro ancestral” proposta por Ailton Krenak e, com isso, resgatar as (im)possíveis interlocuções com o tempo lógico da psicanálise. Entende-se que, em seus (des)encontros, essas concepções de tempo rompem com uma definição única e universalizante dessa dimensão da existência, a qual costuma desconsiderar a história e a importância da memória em uma sociedade.