Abstract This paper is based on the author’s working experience of eight years in a public agency that serves communities touched by suicide. She wants to approach this tragic phenomenon interweaving three concepts - desire, anxiety and jouissance. She has a proposal to account for suicide as (a) The completion of a radical desire, sustained by a dominant death drive that fully separates the subject from the Other, escaping the enduring dialectics of alienation/separation in an attempt to go beyond jouissance; (b) A phantasmatic collapse in which the suicidal subject exits life incarnating the object cause of desire and leaving the Other in lack; and ( c) The failure of anxiety to signal and contour an action that allows the subject to continue his life.
Resumo Este artigo se baseia na experiência da autora em um trabalho de oito anos em órgão público que atende comunidades atingidas pelo suicídio. Aborda esse trágico fenômeno entrelaçando três conceitos - desejo, angústia e gozo - a partir de uma perspectiva psicanalítica baseada nas concepções de Jacques Lacan. Tem como proposta entender o suicídio como: (a) a realização de um desejo radical, sustentado por uma pulsão de morte dominante que separa plenamente o sujeito do Outro, escapando da dialética duradoura da alienação/separação, na tentativa de ir além do gozo; (b) um colapso fantasmático em que o sujeito suicida sai da vida encarnando o objeto causa do desejo e deixando o Outro em falta; e (c) a incapacidade da angústia em sinalizar e contornar uma ação que permita ao sujeito continuar sua vida.