Argentina
Desde que irrumpió el COVID-19 en nuestro planeta, los seres humanos debieron cambiar su ritmo de vida, costumbres, estilos de relación y comenzar a adaptarse a nuevas formas de cotidianidad. El miedo, la ansiedad, la angustia y la soledad, acrecentados por la incertidumbre, son sentimientos que se gestaron no solo por el peligro del contagio, sino por el principal método de protección: el aislamiento social. El confinamiento cortó abruptamente el contacto social que constituye una de las manifestaciones inherentes a la naturaleza humana. Pero la soledad de los otros no se produce únicamente por la cuarentena sino, en las situaciones de contagio de gravedad, donde se realizaron internaciones, por medida precautoria se prohíben estrictamente las visitas. Precisamente en los momentos de mayor invalidez e impotencia, en donde más se necesita el abrazo y la caricia, se encuentra vetada toda posibilidad de relación. En el caso de fallecimiento del paciente, la muerte se produce en total soledad y, para sus seres queridos, la imposibilidad de despedirse, es decir, lograr decir adiós como recurso para cerrar el vínculo con la persona.
Since COVID-19 broke out on our planet, human beings have had to change their rhythm of life, customs, styles of relationship and begin to adapt to new forms of daily life. Fear, anxiety, anguish and loneliness, increased by uncertainty, are feelings that were born not only by the danger of contagion, but by the main method of protection: social isolation. Confinement abruptly, cut off the social contact that constitutes one of the inherent manifestations of human nature. But the loneliness of others is not only produced by quarantine but, in situations of serious contagion, where were hospitalizations, visits are strictly prohibited as a precautionary measure. Precisely in the moments of greatest disability and impotence, where the hug and the caress are most needed, all possibility of relationship is forbidden. In the case of the death of the patient, death occurs in total loneliness and, for their loved ones, the impossibility of saying goodbye, that is, managing to say goodbye as a resource to close the bond with the person.
Desde o surgimento da COVID-19 em nosso planeta, o ser humano teve que mudar seu ritmo de vida, costumes, estilos de relacionamento e começar a se adaptar a novas formas de vida cotidiana. O medo, a ansiedade, a angústia e a solidão, acrescidos da incerteza, são sentimentos que nasceram não só do perigo de contágio, mas do principal meio de proteção: o isolamento social. O confinamento, abruptamente, corta o contato social que constitui uma das manifestações inerentes à natureza humana. Mas a solidão alheia não é produzida apenas pela quarentena, mas, em situações de contágio grave, onde ocorreram internações, as visitas são estritamente proibidas como medida de precaução. Precisamente nos momentos de maior deficiência e impotência, onde o abraço e o carinho são mais necessários, toda possibilidade de relacionamento é proibida. No caso da morte do paciente, a morte ocorre em total solidão e, para seus entes queridos, na impossibilidade de se despedir, ou seja, conseguir se despedir como recurso para estreitar o vínculo com a pessoa.