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Lúcia Dias da Silva Guerra
A alimentação e a nutrição permitem refletir a luz de um olhar crítico: a ação humana e o modelo hegemônico de produção (capitalismo), e suas tramas simbólicas capazes de produzir uma servidão forçada. Este artigo busca construir um debate desde a América Latina e Caribe (ALC) para pensarmos a nossa realidade, especialmente, numa posição política que se atenta para o avanço do neofascismo na região, e ao mesmo tempo requer a organização coletiva para construirmos ações concretas que se oponham no campo da política, com a análise crítica deste fenômeno. O artigo se organiza em duas partes: a primeira expõe o autoritarismo como um sistema de liderança recorrente no Brasil e que tem implicações diretas nas questões alimentares; a segunda traz a relação entre alimentação e neofascismo no Brasil recente. Por fim, deixamos breves comentários para pensar caminhos que arregimentem força e produzam ações coletivas através de sujeitos revolucionários.
