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Raquel Pinho, Pedro B. Albuquerque, Bárbara Sousa, Sónia Ferreira Gonçalves
Los acontecimientos vitales positivos y negativos desempeñan un papel determinante en el desarrollo, el mantenimiento y la recuperación de los trastornos alimentarios. Por este motivo, los acontecimientos vitales pueden considerarse factores de riesgo y de protección para el trastorno alimentario. Sin embargo, poco se sabe sobre cómo estos acontecimientos vitales se relacionan con la experiencia de emociones o sentimientos específicos y su significado desde la perspectiva del paciente. Solo recientemente la teoría psicológica ha empezado a considerar el papel de las emociones en estos trastornos. En este estudio, 18 pacientes femeninas con edades entre los 16 y 21 años con anorexia y bulimia nerviosa identificaron sus acontecimientos vitales más felices y más tristes, así como sus experiencias emocionales relacionadas. Se realizaron análisis de texto con el programa QSR-N*Vivo. Los resultados mostraron que los acontecimientos más tristes (por ejemplo, la muerte de un familiar) estaban relacionados con sentimientos de falta y pérdida percibida de apoyo y autoestima, y los acontecimientos más felices (por ejemplo, el comienzo de una relación) estaban relacionados con sentimientos de apoyo social y afecto percibidos, valoración personal, sentido de unidad familiar, autonomía e independencia. En los programas de tratamiento es clave potenciar los recursos del paciente y aumentar la presencia de experiencias emocionales positivas. Deben promoverse estrategias y competencias de regulación emocional para hacer frente a las experiencias emocionales negativas, teniendo en cuenta que algunas conductas relacionadas con los trastornos alimentarios pueden utilizarse para moderar o suprimir emociones negativas relacionadas con acontecimientos vitales específicos pasados o actuales.
Positive and negative life events play a decisive role in the development, maintenance, and recovery of eating disorders (Schmidt et al., 1997). For this reason, they can be considered risk and protective factors for eating disorders. However, little is known about how these life events relate to the experience of specific emotions or feelings and their meaning from the patient’s perspective. Only recently has psychological theory begun to consider the role of emotions in eating disorders. Therefore, in this study, 18 female patients with ages ranging between 16 and 21 years with anorexia and bulimia nervosa identified their happiest and saddest life events, as well as their related emotional experiences. Text analyses were conducted using the software program QSR-N*Vivo. Findings showed that the saddest events (e.g., the death of a relative) were related to feelings of perceived lack and loss of support and selfworth, and the happiest events (e.g., the beginning of a relationship) were related to feelings of perceived social support and affection, personal valuation, a sense of family unity, autonomy and independence. In treatment programs, it is essential to enhance patient resources and increase the presence of positive emotional experiences Additionally, emotional regulatory strategies and competencies should be promoted to deal with negative emotional experiences, considering that some eating disorder behaviors may be used to moderate or suppress negative emotions related specific past or current life events.
Os eventos positivos e negativos da vida desempenham um papel importante no desenvolvimento, na manutenção e na recuperação dos transtornos alimentares e, por essa razão, podem ser considerados tanto de risco quanto de proteção para o transtorno alimentar. No entanto, pouco se sabe sobre como esses eventos da vida se relacionam com a experiência de emoções ou sentimentos específicos e seu sentido na perspectiva do paciente. Apenas recentemente a teoria psicológica começou a considerar o papel das emoções nesses transtornos. Neste estudo, 18 pacientes do sexo feminino, com idades entre 16 e 21 anos, com anorexia e bulimia nervosa, identificaram seus eventos de vida mais felizes e mais tristes e as experiências emocionais a eles relacionadas. As análises de texto foram realizadas com o programa QSR-N*Vivo. Os resultados mostraram que os eventos mais tristes (por exemplo, a morte de um membro da família) estavam relacionados a sentimentos de percepção de falta e perda de apoio e autoestima, e os eventos mais felizes (por exemplo, o início de um relacionamento) estavam associados a sentimentos de percepção de apoio social e afeto, autoestima, senso de unidade familiar, autonomia e independência. Nos programas de tratamento, é importante aprimorar os recursos do paciente e aumentar a presença de experiências emocionais positivas. Devem ser promovidas estratégias de regulação emocional e habilidades para lidar com experiências emocionais negativas, levando em conta também que alguns comportamentos de transtorno alimentar podem ser usados para moderar ou suprimir emoções negativas relacionadas a eventos da vida específicos, passados ou atuais.
