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Manuela Eva Roth
El circuito de la moda ocupa un lugar privilegiado dentro de la cultura visual. Sus producciones visuales, han contribuido históricamente con la expansión e imposición a escala global del canon de cuerpo moderno-burgués occidental. Frente a esta hegemonía corporal, dentro de la cuarta ola feminista, emerge en Argentina un colectivo de diseñadores de indumentaria que produce contra-visulidades, las cuales presentan como protagonistas a corporalidades otras. Estas fotografías circulan cada vez con más fuerza gracias al desarrollo de las tecnologías y, en particular, a la incorporación global de las redes sociales a la vida cotidiana de las personas. El artículo expone una investigación cualitativa que desde 2015 construye un corpus compuesto por fotografías de moda contrahegemónicas, las cuales son producidas por emprendimientos autogestivos que producen indumentaria en Argentina. En el desarrollo del artículo se propone una clasificación del corpus basada en las luchas de los movimientos transfeministas contemporáneos y para ejemplificar dichas categorías se seleccionan cuatro casos de estudio: ElleVanTok, Protesta, Archetype y Limay. En cada categoría, las imágenes son entrelazadas con desarrollos teóricos transfeministas que las posicionan como prácticas activistas en sí mismas. Para culminar, se presentan los debates que estas mismas contra-visualidades generan dentro de las redes sociales y se plantean las tensiones que también existen dentro de los movimientos transfeministas actuales.
The fashion circuit occupies a privileged place within visual culture. His visual productions have historically contributed to the expansion and imposition on a global scale of the modern-bourgeois Western body canon. Faced with this corporal hegemony, within the fourth feminist wave, a collective of clothing designers emerges in Argentina that produces counter-visulities, which present other corporalities as protagonists. These photographs circulate with increasing force thanks to the development of technologies, and particularly the global incorporation of social networks into people’s daily lives. The article presents a qualitative investigation that since 2015 has built a corpus composed of counterhegemonic fashion photographs, which are produced by self-managed ventures that produce clothing in Argentina. In the development of the article, a classification of the corpus is proposed based on the struggles of contemporary transfeminist movements and to exemplify these categories, four case studies are selected: ElleVanTok, Protesta, Archetype and Limay. In each category, the images are intertwined with transfeminist theoretical developments that position them as activist practices. To conclude, the debates that these same counter-visualities generate within social networks are presented and the tensions that also exist within current transfeminist movements are raised.
O circuito da moda ocupa um lugar privilegiado na cultura visual. Suas produções visuais contribuíram historicamente para a expansão e imposição em escala global do cânone corporal ocidental moderno-burguês. Diante dessa hegemonia corporal, dentro da quarta onda feminista, surge na Argentina um coletivo de designers de roupas que produz contra-visulidades, que apresentam outras corporeidades como protagonistas. Essas fotografias estão circulando com força crescente graças ao desenvolvimento das tecnologias e, em particular, à incorporação global das redes sociais na vida cotidiana das pessoas. O artigo apresenta uma pesquisa qualitativa que, desde 2015, vem construindo um corpus de fotografias de moda contra-hegemônicas, produzidas por empresas autogeridas que produzem roupas na Argentina. O artigo propõe uma classificação do corpus com base nas lutas dos movimentos transfeministas contemporâneos, e quatro estudos de caso são selecionados para exemplificar essas categorias: ElleVanTok, Protesta, Archetype e Limay. Em cada categoria, as imagens são entrelaçadas com desenvolvimentos teóricos transfeministas que as posicionam como práticas ativistas em seu próprio direito. Por fim, são apresentados os debates que essas mesmas contra-visualidades geram nas redes sociais e são levantadas as tensões que também existem nos movimentos transfeministas atuais.
