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The purpose of this manuscript is to demonstrate that the mystic experience configures a particular subjective solution that opens up the possibility to the singularization and disalienation of the subject in the context of the relationship with the institutional Other; therefore, it incise ethical-politically on the context of the social bond. Therefore, a theoretical research with a psychoanalytical framework will be carried out. Thus, the theme of uniqueness will be discussed in the light of the notion of female jouissance in interface with mystique (Lacan, 1972-1973/1985). In addition, this appanage will be interspersed with the Foucaultian concept of self-care (Foucault, 1981-82/2006), and from this, will be scrutinized possible convergences between the mystical experience and the ethical-political and aesthetic exercise related to the self-care. Based on this intersection, we will seek to support the premise that the mystic, more precisely, the jouissance of God, implied in the jouissance of the woman which is governed by the logic of the not-all, allows the subject to singularize himself, therefore, to adopt a critical posture that converges to the liberation of the Other's discourse and to the transformation of oneself.
O propósito deste manuscrito é demonstrar que a experiência mística se configura uma particular solução subjetiva que abre a possibilidade para a singularização e desalienação do sujeito no contexto da relação com o Outro institucional. Ele incide, dessa forma, ética e politicamente na conjuntura do laço social. Para tanto, procederemos a uma pesquisa teórica com referencial psicanalítico. Desse modo, discutiremos o tema da singularidade à luz da noção de gozo feminino em interface com a mística (Lacan, 1972-1973/1985). Outrossim, será intercalado tal apanágio ao conceito foucaultiano de cuidado de si (Foucault, 1981-1982/2006), com o objetivo de perscrutarmos possíveis convergências entre a vivência mística e o agir ético-político e estético relativo ao autocuidado. A partir dessa intersecção, buscaremos respaldar a premissa de que a mística, mais precisamente o gozo de Deus, subentendido no gozo “d’A mulher”, permite ao sujeito se singularizar; ou seja, adotar uma postura crítica, que converge para a sua liberação do discurso do Outro e para a transformação de si.
