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El Colectivo85 se conforma en 2003 como un equipo de musicoterapeutas interesadxs en abordajes diferentes al campo clínico tradicional de la musicoterapia. Desde hace 18 años, en el Área Metropolitana de Buenos Aires (AMBA), Argentina, desarrolla acciones en investigación, praxis y docencia en musicoterapia desde la perspectiva de la salud comunitaria. Este artículo presenta los ejes que sustentan la mirada en musicoterapia comunitaria del Colectivo85. Posicionadxs desde la salud comunitaria se desarrolla la perspectiva de la musicoterapia orientada en salud comunitaria como una forma de establecer nuevas relaciones entre la música, la salud, la comunidad y la intervención delx musicoterapeuta, desde una mirada integral, holística e integradora de la salud. Se define la salud como un proceso complejo, multidimensionalmente determinado, atravesado por una mirada generizada, proceso de naturaleza ecosistémica, que sucede en las interacciones permanentes y recíprocamente transformadoras entre las personas y sus ambientes. Trascendiendo la concepción histórica de la cultura occidental respecto de la música, se la concibe en sus dimensiones activas, interactivas e inserta en un rango amplio de actividades sociales como una herramienta privilegiada que las personas hemos usado y seguimos utilizando a lo largo de los tiempos para la interacción humana, a la vez que medio de intervención de lxs musicoterapeutas. En la sistematización de las relaciones entre música, salud y comunidad se describe el hacer musical reflexivo (HMR) como elaboración terminológica y metodológica propia que comparte el carácter crítico, dialógico, participativo y horizontal que define la intervención comunitaria y que tiene como objetivo transformar la realidad de una comunidad. Se delinea así una perspectiva de la musicoterapia comunitaria situado en nuestro territorio y transversalizada por la perspectiva de género, principalmente desde las aportaciones de los feminismos del sur que nos han permitido complejizar y profundizar la mirada. Palabras clave Colectivo85, salud comunitaria, musicoterapia comunitaria, hacer musical reflexivo, transformación social.
Colectivo85 is a group of music therapists formed because of the interested in different approaches of non-clinical music therapy. Since 2003, Colectivo85 developed actions in research, praxis and teaching community music therapy in the Metropolitan Area of Buenos Aires (AMBA), Argentina. This article presents the axes that support Colectivo85’s music therapy perspective. Positioned from community health, the perspective of music therapy oriented in community health is developed as a way to establish new relationships between music, health, community and music therapist’s intervention, from an integral, holistic and integrative perspective of health. Health is defined as a complex process, multidimensionally determined, crossed by a gendered perspective, process of an ecosystem nature that occurs in permanent and reciprocally transformative interactions between people and their environments. Transcending the historical conception of western culture regarding music, it is conceived in its active, interactive dimensions and inserted in a wide range of social activities as a privileged tool that people have used and continue to use throughout time to human interaction, as well as a means of intervention for music therapists. In the systematization of the relationships between music, health and community, reflective musical making (reflective musicking) is described as its own terminological and methodological elaboration that shares the critical, dialogical, participatory and horizontal character that defines community intervention and that aims to transform the reality of a community. In this way, a perspective of community music therapy located in our territory and cross-sectioned by the gender perspective is outlined, mainly from the contributions of southern feminisms that have allowed us to complicate and deepen our gaze.
O Colectivo85 foi formado em 2003 como uma equipe de musicoterapeutas interessados em diferentes abordagens ao campo clínico tradicional da musicoterapia. Há 18 anos, na Região Metropolitana de Buenos Aires, Argentina, desenvolve ações de pesquisa, práxis e ensino em musicoterapia na perspectiva da saúde comunitária. Este artigo apresenta os eixos que sustentam o olhar sobre a musicoterapia comunitária na perspectiva do Coletivo85. Posicionada a partir da saúde comunitária, a perspectiva da musicoterapia voltada para a saúde comunitária é desenvolvida como forma de estabelecer novas relações entre a música, a saúde, a comunidade e a intervenção do musicoterapeuta, numa perspectiva integral, holística e integradora da saúde. Saúde é definida como um processo complexo, multidimensionalmente determinado, atravessado por um olhar de gênero, um processo de natureza ecossistêmica, que ocorre em interações permanentes e reciprocamente transformadoras entre as pessoas e seus ambientes. Transcendendo a concepção histórica da cultura ocidental a respeito da música, ela é concebida em suas dimensões ativas, interativas e inserida nos mais diversos ramos de atividades sociais como uma ferramenta privilegiada que as pessoas utilizaram e continuam utilizando ao longo do tempo para a interação humana, bem como uma meios de intervenção para musicoterapeutas. Na sistematização das relações entre música, saúde e comunidade, a produção musical reflexiva é descrita como uma elaboração terminológica e metodológica própria que compartilha o caráter crítico, dialógico, participativo e horizontal que define a intervenção comunitária e que visa transformar a realidade de uma comunidade. Desta forma, delineia-se uma perspectiva de musicoterapia comunitária localizada em nosso território e transversal à perspectiva de gênero, principalmente a partir das contribuições dos feminismos sulistas que têm nos permitido complicar e aprofundar nosso olhar.
