Vânia Beliz, Zélia Caçador Anastácio
The literature points to the difficulties of early childhood educators as the main challenge to approach sexuality education from pre-school age. In order to assess the knowledge, attitudes, and beliefs, as well as the comfort level of kindergarten teachers regarding children’s sexual development and learning, we used the Questionnaire of Sexual Education for Childhood Educators (QESEI), which we translated and validated for the Portuguese population. The questionnaire was made available online and was filled in by a snowball sample, consisting of 414 professionals, with an average of 20.64 years of service. The data obtained were analyzed using the SPSS software. Regarding the training in sexual education, which they consider to be essential, only 29% reported having participated in short-term actions and only 6% reported having attended actions of 25 hours. With regard to knowledge about the development and sexual learning of children, the average value was M=10.23 for a maximum of 21 (higher knowledge). Regarding attitudes and beliefs about children’s sexual learning, the result was 110 points for a maximum of 140 (more positive attitudes). For the variable comfort in dealing with children’s development regarding sexuality, on a scale of 10 to 40 (in which 40 indicates lower level of comfort), the average of the answers was 17.7. The results lead us to conclude that knowledge is the variable that presents the greatest weakness for these education professionals. Although we observed positive results regarding the variables attitudes and beliefs and comfort, results point to the importance of training, which is expected to provide improvements and professional development in these three areas.
A literatura aponta as dificuldades de educadores infância como os principais desafios a abordagens de educação para a sexualidade a partir da idade pré-escolar. Para avaliar o conhecimento, as atitudes e crenças, bem como o nível de conforto de educadoras/es de infância em relação ao desenvolvimento sexual e à aprendizagem das crianças utilizámos o Questionário de Educação Sexual para Educadoras(es) de Infância (QESEI), o qual foi por nós traduzido e validado para a população portuguesa. O questionário foi disponibilizado online, tendo sido preenchido por uma amostra do tipo bola de neve, constituída por 414 profissionais, com média de 20,64 anos de serviço. A análise dos dados obtidos foi feita através do programa SPSS. Em relação à formação em educação sexual, que consideraram ser essencial, apenas 29% referiram ter participado em ações de curta duração e apenas 6% referiram ter realizado ações com 25 horas. Quanto ao conhecimento acerca do desenvolvimento e da aprendizagem sexual das crianças, o valor médio foi de M=10,23 para um máximo de 21 (maior conhecimento). Em relação às atitudes e crenças sobre a aprendizagem sexual de crianças, o resultado foi de 110 pontos para um máximo de 140 (atitudes mais positivas). Para a variável conforto para lidar com o desenvolvimento das crianças em matéria de sexualidade, numa escala de 10 a 40 (em que 40 indica menor nível de conforto), a média das respostas foi de 17,7. Os resultados levam-nos a concluir que o conhecimento é a variável que apresenta maior fragilidade para estes profissionais de educação. Apesar de termos observado resultados positivos relativamente às variáveis atitudes e crenças e conforto, os mesmos apontam para a importância da formação, a qual se prevê que possa proporcionar melhorarias e desenvolvimento profissional nestes três domínios.