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La teoría del sueño creada por F. S. Perls, tradicionalmente, ha sido caracterizada como una proyección o un mensaje existencial. Sin embargo, esta descripción sólo representa una explicación simplista de la conceptualización más amplia y original del fenómeno onírico desarrollada por Perls. En este sentido, en el presente escrito se hace una exposición ordenada de la teoría perlsiana del sueño, así como un análisis crítico de las proposiciones en las cuales se fundamenta, prestando especial atención a los errores inherentes en ésta y sus implicaciones en la práctica clínica. Se concluye que la teoría perlsiana de lo onírico evolucionó en tres etapas, a saber, modelo original del sueño, modelo de correspondencia y modelo clásico del sueño, cada uno de los cuales constituye, por derecho propio, una teoría del sueño en la cual se define el fenómeno onírico de una manera particular y se le atribuyen funciones psicológicas y terapéuticas concretas, al igual que una metodología de trabajo específica.
The dream theory created by F. S. Perls, traditionally, has been characterized as a projection or an existential message. However, this description only represents a simplistic explanation of the broader and original conceptualization of the dream phenomenon developed by Perls. In this regard, in this paper an orderly exposition of the perlsian theory of the dream is done, as well as a critical analysis of the propositions on which it is based, paying special attention to the errors inherent in it and its implications in clinical practice. It is concluded that the perlsian theory of the oneiric evolved in three stages, namely, original model of the dream, model of correspondence and classical model of the dream, each of which constitutes, in its own right, a theory of the dream in which it defines the dream phenomenon in a particular way and is attributed to specific psychological and therapeutic functions, as well as a specific work methodology.
A teoria sobre sonhos criada por F. S. Perls tem sido tradicionalmente caracterizada como uma projeção ou uma mensagem existencial. No entanto, esta descrição representa apenas uma explicação simplista da conceituação mais ampla e original do fenômeno onírico desenvolvida por Perls. Este artigo apresenta uma exposição ordenada da teoria perlsiana do sonho e uma análise crítica de seus pressupostos, com especial atenção para os erros inerentes a ela e suas implicações na prática clínica. Conclui-se que a teoria perlsiana dos sonhos evoluiu em três fases a saber, a) modelo original do sonho, b) modelo de correspondência, e c) modelo clássico de sono. Cada um desses modelos constitui-se de forma própria como uma teoria específica sobre sonhos na qual define o fenômeno onírico de uma maneira particular e lhe são atribuídos funções psicológicas e terapêuticas concretas, bem como uma metodologia de trabalho específica.
