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Mayara dos Santos Ferreira, Marcelo Gustavo Aguilar Calegare, Cláudia Regina Brandão Sampaio, Ornette D. Clennon
This article makes a reading and reflection of a psychosocial interventioncompletedatSunrise Community(SRC), a multi-ethnic indigenoussettlement located in Manaus, Amazonas, Brazil. Alongside non-indigenous residents there are 12 indigenous groups represented. Through community social psychology approachand Participatory Action Research,weekly visits were made for five months. Interviews, meetings, and informal conversations with leaders and residents were recorded in field diaries. Among the concernsresidents had were communication difficulties and thedistancing of traditional practices that are associated with identity issues and historical inter-ethnic conflicts that mark relations in the SRC. As a result, the community held a Meeting of Ethnic Groupsto gather members of SRCand other indigenous settlements for a day of celebration, to re-encounter traditional customs and practices. The intervention team acted as facilitator, orchestratingreflections on the roles, struggles and autonomy in the SRCand suggestinga horizontal model in the interactions. The organization and preparation of the celebration increased the interaction among the residents. However, the psychosocial complexity of the community has revealed other issues, such as: different forms of participation and the ambiguity of identity markers. Reflections on postcolonialism and power relations weave important considerations into the findings, especially to reflect on the political dimension in claiming the rights of these groups.
Este artigo faz uma leitura e reflexão de uma intervenção psicossocial realizada na Comunidade Sol Nascene(CSN), um assentamento indígena pluriétnicolocalizado em Manaus, Amazonas, Brasil. Ao lado de residentes não indígenas, há 12 grupos indígenas representados. Por abordagem da Psicologia Social Comunitária e Pesquisa Ação Participativa, visitas semanais foram feitas por cinco meses. Entrevistas, reuniões e conversas informais com líderes e residentes foram registradas em diários de campo. Entre as preocupações que os residentes tinham, havia: dificuldades de comunicação e o distanciamento de práticas tradicionais associadas a questões de identidade e conflitos interétnicos históricos que marcam as relações na CSN. Como resultado, a comunidade realizou um Encontro de Etnias para reunir membros da CSN e outros assentamentos indígenas para um dia de celebração, para reencontrar os costumes e práticas tradicionais. A equipe intervencionista atuou como facilitadora, favorecendo reflexões sobre os papéis, lutas e autonomia na CSN e sugerindo um modelo horizontal nas interações. A organização e preparação da celebração aumentaram a interação entre os residentes.Todavia, a complexidade psicossocial da comunidade revelou outras questões, tais como: diferentes formas de participação e a ambiguidade dos marcadores identitários.As reflexões sobre o pós-colonialismo e as relações de poder tornaram possível tecer considerações importantes nos resultados, especialmente para refletir sobre a dimensão política na reivindicação dos direitos desses grupos.
