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Brasil
The new coronavirus (SARS-CoV-2) pandemic produced and continues to produce, several meanings around the life of the Brazilian population, where the communication media remain present in the news about the developments of this situation. This study aims to analyze information conveyed in the context of the pandemic, seeking to understand and explain aspects anchored in the production of the speeches, the meanings produced, as well as the materialities expressed through consumption and accumulation behavior of the population, raised by the pandemic. Ten journalistic articles, published on the Internet between March and April 2020, were analyzed in the light of risk psychosociology, inspired by authors such as Ulrich Beck and Mary Jane Spink; consumer behavior, mainly from Jurandir Freire Costa, and under the necropolitics' lens of Achille Mbembe. The analyzed behaviors expose chronic social problems, where the exacerbated consumption seeks to sustain the illusory scenario of security face the advance of the virus, emptying shelves, in acts that neglect those who do not have financial resources to guarantee their inputs, operating in favor of necropolitical technologies. In media activity, there are incitements to consumption and amplification of the feeling of fear in the face of the supposed shortage announced.
A pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) produziu, e permanece produzindo, diversas significações em torno da vida da população brasileira, onde as mídias comunicacionais permanecem presentes nas veiculações acerca dos desdobramentos dessa conjuntura. Este estudo objetiva analisar informações veiculadas no contexto da pandemia, buscando compreender e explicitar aspectos ancorados nas produções dos discursos, os sentidos produzidos, bem como as materialidades expressas através do comportamento de consumo e acumulação da população, suscitados pela pandemia. Foram analisadas dez matérias jornalísticas, veiculadas na internet entre março e abril de 2020, à luz da psicossociologia do risco, inspirados em autores como Ulrich Beck e Mary Jane Spink; dos comportamentos de consumo, principalmente a partir de Jurandir Freire Costa, e sob as lentes da necropolítica de Achille Mbembe Os comportamentos analisados expõem problemas sociais crônicos, onde o consumo exacerbado procura sustentar o cenário ilusório de segurança frente ao avanço do vírus, esvaziando prateleiras, em atos que desassistem aqueles que não têm recursos financeiros para garantir seus próprios insumos, operando em favor de tecnologias necropolíticas. Na atividade midiática encontram-se incitações ao consumo e uma amplificação da sensação de medo diante da suposta escassez anunciada.
