Francisco Pereira de Oliveira, Victoria Judith Isaac Nahum, Joana D´arc Vasconcelos Neves, Norma Cristina Vieira
This study describes the perception of extractivists about their practices and the impacts caused on the mangroves in northeast paraense. Our aim was to describe the profileof the communities, their social organization, the mangroves degradation process and its natural resources conservation. This study is the consequence of research done between 2008 and 2015 in 4 communities: Acarajó, América, Caratateua and Tamatateua. Weapplied a questionnaire about daily practices in the use of mangrove resources, It was answered for 72 extractivists from these communities, between women and men. The development of this questionnaire was in a space-time of 10 years ago, today, and 10 years later (past, present, and future). We used a Statistical Package for the Social Sciences for our data analysis, and we used a content analysis for respondents’ speeches interpretation. The communities are considered; itself, more organized today compared to 10 years ago, and will be more organized in the future due to the requirements of the agencies' criteria for funding work and income's projects. More people entrance in extractivism of mangrove resources, It is a consequence of accelerated the degradation process, according to the respondents. The extractivists spoke that environmental impacts on mangrove are high nowadays and will be much greater to compared to 10 years ago, because the degradation is a continuous process. In this moment, the perception of extractivists represented their organization, the exploration, and conservation of mangrove resources in the Amazon coastal communities
O estudo descreve a percepção dos extrativistas sobre suas práticas e os impactos causados ao manguezal do nordeste paraense. Objetivou-se descrever o perfil das comunidades, organização social, processo de degradação e conservação dos recursos naturais dos manguezais. O estudo é o resultado de pesquisas realizadas no período de 2008 a 2015, em quatro comunidades: Acarajó, América, Caratateua e Tamatateua, com 72 extrativistas, entre homens e mulheres, que responderam a um questionário sobre as práticas cotidianas no uso dos recursos do manguezal,num espaço-temporal de 10 anos atrás, hoje e 10 anos depois (passado, presente e futuro). A análise dos dados correu por meio do Programa Statistical Package for the Social Sciences e a análise de conteúdo com a interpretação das falas dos entrevistados. Os resultados revelaram que as comunidades se consideram mais organizadas nos dias de hoje quando comparadas a 10 anos atrás e estarão mais organizadas no futuro devido às exigências e critérios das agências de financiamento a projetos de renda e trabalho. Demonstraram que hoje e no futuro a degradação e o impacto ambiental serão bem maiores quando comparados a 10 anos atrás, ressaltando que este processo é acelerado e contínuo devido a entrada de mais pessoas no extrativismo dos recursos dos manguezais. Acreditam a conservação dos recursos corria quando comparado nos dias de hoje e no futuro. Conclui-se que a percepção dos extrativistas sobre as práticas e os impactos ambientais representa o atual estado de organização, exploração e conservação dos recursos do manguezal nas comunidades costeiras amazônicas.