Para viabilizar las condiciones de vida, proprietarios de las pequeñas y medianas explotaciones agrarias participan en actividades no agrícolas, como trabajo remunerado, reduciendo así el tiempo dedicado a la agricultura, situación que provoca inseguridad alimentaria, pero en otros casos aumenta su productividad agrícola y bienestar.Este artículo evalúa la importancia y los determinantes del trabajo remunerado no agrícola (TRNA) en la productividad agrícola y el bienestar de los agricultores familiares de Gaza y Maputo, sur de Mozambique, basado en los resultados de la encuesta agraria integrada 2015, realizado por el Ministerio de Agricultura y Seguridad Alimentaria. Para ello, fueron estimadas las familias participantes del TRNA, segmentado por los indicadores socio-demográficos, proceso productivo y bienestar por provincia. Los resultados revelan que el 55,4% de las explotaciones se ocuparon en 2015 del TRNA, una gran contribución al empleo. Los factores asociados a esa participación fueron la edad relativamente baja, tamaño numeroso de la familia, responsable familiar del sexo masculino, no casado, escolaridad relativamente alta, pequeña extensión de la tierra cultivada y baja reserva alimentaria. Esta situación contribuiu para una mayor productividad agrícola, así como a mejorar el bienestar familiar entre los participantes del TRNA, en términos de acceso a agua potable, animales domésticos, teléfono móvil y bicicleta. Este hecho propició una autoevaluación favorable de la situación económica del hogar en comparación con los tres años anteriores, lo que sugiere que el trabajo remunerado no agrícola combinado con agricultura puede constituir una estrategia política sostenible del desarrollo rural.
In order to make livelihood viable, small and medium holders of agricultural holdings participate in non-farm activities such as wage work. This situation reduce the time devoted to agriculture and causes food insecurity but in other cases increases their agricultural productivity and welfare.This paper assess the role and determinants of non-farm wage labor (NFWL), agricultural productivity and well-being of holders of small and medium farms in Gaza and Maputo, Southern Mozambique. The study is based on the results database of the integrated agrarian survey of 2015, conducted by the Mozambique Ministry of Agriculture and Food Security. Thus, the families participating in NFWL were estimated, segmented by the socio-demographic, productive process and the family welfare indicators by province. The findings show that 55.4% of the farmers occupied by the NFWL in 2015, a major contribution to employment. The factors associated with that participation were the relatively low age, large family size, being unmarried, male household Chief, relatively high schooling, small extension of cultivated land and low food reserve. This situation led to higher agricultural productivity and well-being among NFWL participants by high access to drinking water, domestic animals, cell phones and bicycles. This has led to a favorable self-assessment of the household's economic situation compared to the previous three years, suggesting that NFWL combined with agriculture can constitute a sustainable rural development policy strategy.
Na procura de viabilização das condições de vida, os pequenos e médios detentores de explorações agrárias participam em actividades não-agrícolas, como trabalho remunerado, reduzindo assim o tempo dedicado à agricultura, situação que provoca insegurança alimentar mas noutros casos aumenta a sua produtividade agrícola e o bem-estar.Este artigo avalia a importância e os determinantes do trabalho remunerado não-agrícola (TRNA) na produtividade agrícola e bem-estar das famílias agrícolas de Gaza e Maputo, Sul de Moçambique, baseando-se nos resultados do inquérito agrário integrado de 2015, realizado pelo Ministério de Agricultura e Segurança Alimentar. Para alcance desse desiderato, estimaram-se as famílias participantes do TRNA, segmentadas por indicadores socio-demográficos, processo produtivo e bem-estar por província. Os resultados revelam que 55.4% das famílias agro-pecuárias ocuparam-se também do TRNA em 2015, facto que é um grande contributo para emprego. Os factores associados à essa participação foram a idade relativamente baixa do chefe da exploração, tamanho numeroso da família, chefe da família do sexo masculino, não casado, escolaridade relativamente alta, pequena extensão da terra cultivada e baixa reserva alimentar. Essa situação contribuiu para maior produtividade agrícola e melhoria do bem-estar entre participantes do TRNA, avaliado pelo acesso à àgua potavel, posse de animais domésticos, telefone celular e bicicleta. Este facto propiciou à uma auto-avaliação favoravel da situação económica familiar se comparado com os três anos anteriores, o que sugere que o trabalho remunerado não-agrícola combinado com agricultura pode constituir uma estratégia política sustentável do desenvolvimento rural.