Amom Rodrigues de Morais, Fernando Lacerda Jr
Este trabalho empreende uma revisão bibliográfica e visa enfatizar a emergência de uma forma de individualidade histórica inédita no capitalismo. Realiza uma discussão sobre a experiência da subjetividade e suas transformações por meio da objetivação do capital. Assim, propõe-se uma reflexão sobre as transformações da estrutura da sensibilidade resultantes da modernização capitalista, apontando as características básicas deste modo de produção que modificaram as relações sociais e a própria individualidade dos sujeitos. Ao mesmo tempo, destaca-se como essas novas experiências subjetivas ganharam seu conceito científico pela Psicologia. Acredita-se que a Psicologia, nesse sentido, acabou sendo uma resposta a exigência social por uma ciência que versasse e intervisse sobre a realidade subjetiva conforme as novas relações sociais. Ela, no geral, acabou por assumir uma função social bem determinada diante dos antagonismos sociais sob diversos campos de atuação enquanto legitimação e regulação psíquica da ordem vigente, portanto, no papel de ideologia da classe dominante.