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Alice Murteira Morgado, Maria da Luz Vale Dias
Apresentamos a análise de um Modelo de Equações Estruturais para testar um modelo explicativo para o comportamento antissocial na adolescência que inclui dimensões com efeito direto no comportamento antissocial (psicoticismo e autocontrolo) e dimensões que apresentam mais variabilidade ao longo deste estádio de desenvolvimento e que medeiam o papel da idade com comportamento antissocial (ambiente familiar e conformidade social). Foi testado um modelo de equações estruturais com uma amostra de 489 jovens entre os 9 e os 17 anos de idade. Os resultados revelam um modelo significativo, com bons indices de ajustamento, no qual o psicoticismo, autocontrolo, idade, conformidade social e ambiente familiar se entrecruza numa complexa rede de relações e efeitos envolvidos na explicação do comportamento antissocial na adolescência.As conclusões reconhecem a natureza distinta de cada preditor e o papéis diretos e através das relações com outras variáveis preditoras. Fica evidenciada a complexidade do comportamento antissocial na adolescência, demonstrando que tal fenómeno não pode ser abordado de forma simplista, já que há que considerar efeitos diretos e indiretos de diversas variáveis.
In this paper we use a SEM analysis to test an explanatory model for antisocial behaviour in adolescence that includes dimensions that have a direct effect on antisocial behaviour (psychoticism, neuroticism and self-control), while some are relatively malleable in this developmental stage and mediate the role of age on antisocial behaviour (family environment, self-concept, and conformity to social rules). A structural equations model was tested with a sample of 489 participants. Results show a good fitting model where psychoticism, self-control, age, social conformity and family environment are intertwined in a complex net of relations and effects involved in the explanation of adolescent antisocial behaviour.Conclusions embrace the differentiated nature of each predictor and its role both directly and in relation to other predictors. The complexity of adolescent antisocial behaviour became evident, showing that it cannot be addressed in simplistic terms, as we need to account for direct and indirect effects.
