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Mercedes Pedrero Nieto
Este artículo presenta diferencias de género sobre uso del tiempo en tres países latinoamericanos. Las variaciones en uso del tiempo dependen de ser hombre o mujer y los roles que desempeñan en el hogar, lo cual se identifica a través de la situación conyugal, el parentesco y la edad. Desigualdades de género en la carga total de trabajo - definida como la suma del tiempo dedicado al trabajo para el mercado y el tiempo dedicado al trabajo doméstico - son desventajosas para las mujeres limitándoles otras actividades porque el tiempo no es un recurso ilimitado. Tales inequidades tienen gran significado, puesto que la mayor carga de trabajo no representa para las mujeres mayor bienestar. No existe una compensación económica por ello pues la mayor carga de trabajo es no remunerado. Trabajar más horas significa mayor esfuerzo que causa mayor agotamiento y en muchos casos mayor enajenación. Por otra parte, el tiempo libre para los hombres significa para ellos mayor autonomía, mayor recreación y en algunos casos mayores oportunidades para su enriquecimiento personal (cultural o espiritual) y fortalecimiento de sus redes sociales. Los resultados nos llevan a considerar la necesidad de acciones específicas para lograr igualdad de género de manera que las mujeres decidan sobre su propio uso del tiempo como una precondición para lograr la igualdad en otros campos de la vida.
This article presents gender differences on time use for three Latin American countries. Variations on time use depend on being male or female and the roles played in the household, which are identified through the marital status, kinship and age. Gender inequalities in the global workload - defined as the sum of time spent working for the market and the time devoted to domestic tasks - are disadvantageous for women limiting their access to other opportunities because time is not an endless resource. Such inequalities are of great significance, since a higher workload for women does not represent greater well-being for them. Also, there is a lack of economic compensation for it since higher workloads rely on unpaid work. More working hours demand more effort and cause more fatigue and in many cases, greater alienation. On the other hand, free time for men means more autonomy for them, more recreation and in some cases, greater opportunities for personal enrichment (cultural or spiritual) and the strengthening of their social networks. These results lead us to consider specific necessary actions to achieve gender equality so that women can decide about their own personal use of time as a precondition to achieve equality in other fields of life.
Este artigo apresenta diferenças de gênero sobre uso do tempo em três países latino-americanos. As variações no uso do tempo dependem de ser homem ou mulher e os papéis que desempenham no lar, o qual identifica-se através da situação conjugal, o parentesco e a idade. Desigualdades de gênero na carga total de trabalho - definida como a soma do tempo dedicado ao trabalho para o mercado e o tempo dedicado ao trabalho doméstico - são desvantajosas para as mulheres limitando-as a outras atividades porque o tempo não é um recurso ilimitado. Tais iniquidades têm grande significado, já que a maior carga de trabalho não representa para as mulheres maior bem-estar. Não existe uma compensação econômica, já que a maior carga de trabalho é não remunerada. Trabalhar mais horas significa maior esforço que causa maior esgotamento e em muitos casos maior alienação. Por outro lado, o tempo livre para os homens significa para eles maior autonomia, maior recreação e em alguns casos maiores oportunidades para seu enriquecimento pessoal (cultural ou espiritual) e fortalecimento de suas redes sociais. Os resultados nos levam a considerar a necessidade de ações específicas para obter igualdade de gênero de maneira que as mulheres decidam sobre seu próprio uso do tempo como uma condição prévia para conseguir a igualdade em outras áreas da vida.
