Leon Tolstoi's Kreutzer Sonata gives us the opportunity to recognize, through fiction, the confirmation of something that we frequently witness in clinical work when dealing with the vicissitudes of love: jealousy and its forms of presentation. There being, Freud's development in some neurotic mechanisms in jealousy, in paranoia and in homosexuality has become a valuable reference. The character created by Tolstoi seems to experience jealousy in the very manner described in Freud's writing; layers are exposed that range from what could be described as normal or competitive jealousy to that of delirium. His history ends in a way that is similar to many headline stories that are published and broadcast in contemporary media.
A leitura do conto de Leon Tolstói, Sonata a Kreutzer1, oferece mais uma oportunidade de constatar, na ficção, uma confirmação daquilo que a clínica tanto nos revela quando se trata das vicissitudes do amor: o ciúme e suas apresentações. Para isso, a elaboração de Freud em seu texto Alguns mecanismos neuróticos no ciúme, na paranoia e no homossexualismo torna-se um referencial sempre valioso. O personagem criado por Tolstói parece vivenciar o ciúme nas modalidades descritas no texto freudiano, dispostas em camadas, que vão do ciúme descrito como normal ou competitivo até a modalidade delirante. Sua história tem um desfecho semelhante a muitos daqueles noticiados pela mídia em nossa contemporaneidade.