Rita Maria Manso de Barros
A partir de un hecho en la Academia Brasileña de Letras, que suspendió la transmisión online de una conferencia sobre arte erótico, se parte de la argumentación freudiana del arte como una de las formas a la que los seres humanos recurren en busca de felicidad. Este sirve de bálsamo para el dolor de existir, el malestar que nos acompaña. El arte sirve así a la nada, al vacío existencial, y proporciona goce. Pero es también una mercancía controlada por el capital que induce al consumo. El artista hace de su arte una forma de respuesta al encuentro con lo real, y nosotros, espectadores, dejamos que nos arrulle o despierte, puesto que detiene el desierto de lo real. El goce femenino se toma como un equivalente de lo que se experimenta ante la obra de arte: indecible, desconocido, extraño, esplendoroso, devastador.Palabras clave: arte, goce, malestar, contemporaneidad.
From an incident at the Brazilian Academy of Letters, that cancelled the online transmission of a lecture on erotic art, this paper presents the Freudian argumentation of art as a form to which human beings resort in search of happiness. It is a balm for the pain of existence and the discontent that accompanies us. Thus, art serves the void, the existential emptiness, and provides jouissance. But it is also a merchandise controlled by the capital that induces to consumption. The artist makes of his art a form of answer to the encounter with the real, and we –spectators– allow it to lull us to sleep or to awaken us, since it stops the desert of the real. Feminine jouissance is taken as an equivalent of what is experienced faced with the work of art: unspeakable, unknown, strange, splendorous, devastating.Keywords: art, jouissance, discontent, contemporaneity.
A partir de um acontecimento na Academia Brasileira de Letras, que suspendeu a transmissão online de uma palestra sobre arte erótica, parte-se da argumentação freudiana da arte como uma das formas à qual os seres humanos recorrem em busca de felicidade. Ela serve de bálsamo para a dor de existir, o mal-estar que nos acompanha. A arte serve assim ao nada, ao vazio existencial e proporciona gozo. Mas ela é também uma mercadoria controlada pelo capital que induz ao consumo. O artista faz de sua arte uma forma de resposta ao encontro com o real e nós, expectadores, deixamos que ela nos acalente ou desperte, ainda que para o deserto do real. O gozo feminino é tomado como um equivalente àquilo que se experimenta diante da obra de arte: indizível, desconhecido, estranho, esplendoroso, devastador.Palavras-chave: arte, gozo, mal-estar, contemporaneidade.