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O campo das políticas públicas é provocador de criação e exige de nós, e em nós, o desprendimento de modelos pré-definidos que tendem a se tornar limitadores para a ação prática. Implicando-nos, necessariamente, em ultrapassar as fronteiras, muitas vezes rígidas, dos diferentes núcleos de saber/poder que se ocupam da produção da vida ativando em nosso dia a dia, um processo contínuo de contratação e pactuação dos diversos atores envolvidos no processo de produção de saúde, especialmente na atenção primária de saúde. Pretendemos apresentar neste texto uma tecnologia de planejamento interessante ao trabalho do psicólogo com grandes grupos. Apresentamos aqui uma ação desenvolvida a partir da técnica do Planejamento e Programação Local de Saúde, não como um modelo a ser privilegiado dentre as tecnologias possíveis, mas escolhemos o PPLS como exemplo de um dispositivo utilizado numa ação produtora de processos coletivos que pôde problematizar, responder e reconfigurar com a comunidade, e com os movimentos no território, as demandas de saúde locais. Para isso, existem diversos outros dispositivos possíveis e ainda a serem inventados. Os efeitos da intervenção do psicólogo no processo foi o de incluir um olhar para os processos de subjetivação em seu fazer-se no enfrentamento dos problemas de saúde daquela comunidade e suas equipes.
