Tomás Mendonça da Silva Prado
Doença mental e autoria formam importantes limites temáticos nas investigações arqueológicas de Michel Foucault. Dentro desses limites, desrazão e autoria se encontram, conforme o seu diagnóstico da modernidade, em uma experiência extraordinária com a linguagem. Fora de tais limites, loucura e autoria possuem irreconciliáveis diferenças de status social. As implicações práticas da relação entre a razão e os associais, já presentes no diagnóstico da época clássica, adquirem então a primazia da análise, e a trama da linguagem dá lugar, nas investigações do filósofo, à trama política. Palavras-chave: doença mental; autoria; linguagem; sociedade.