O objetivo deste trabalho é discutir aspectos que atingem trabalhadores portadores de LER/DORT reabilitados ou em reabilitação, quando retornam ao trabalho. Tomamos como referência um grupo de bancários de agências de um banco estatal e um grupo de teleatendentes de um call center de empresa privada de telecomunicações, no estado do Ceará. Nossa análise aponta que o processo de reabilitação não recupera a capacidade laborativa dos trabalhadores. Além disso, tem se caracterizado por situações de constrangimento e humilhação no trabalho. O resultado é um trabalhador envergonhado e amedrontado pela limitação de sua capacidade laboral, pelo sentimento de inutilidade e/ou pelo risco de demissão.