Maria Chalfin Coutinho, Regina Célia Borges, Laila Priscila Graf, Aline Suave da Silva
No contexto atual de trabalho persistem as informalidades, campo no qual se situam as diaristas, trabalhadoras domésticas sem vínculo formal, foco da presente pesquisa, efetivada para investigar os sentidos produzidos por essas mulheres em seu cotidiano de trabalho. Trata-se de pesquisa qualitativa, realizada por meio de entrevistas com oito trabalhadoras. As informações foram analisadas pelo procedimento de núcleos de significação, gerando três núcleos: trajetórias ocupacionais, práticas cotidianas e sentidos do trabalho na faxina. Os resultados revelam trajetórias ocupacionais descontínuas, geralmente associadas ao feminino, nas quais a opção por ser diarista, apesar das precariedades, está associada às vantagens atribuídas à ocupação e à possibilidade de conciliar com outras atividades. De modo astucioso e criativo, as diaristas equilibram as exigências cotidianas.