Este artigo tendo a psicossociologia como aporte teórico, analisa processos de subjetivação em torno do corpo na atualidade, através do uso da tatuagem. O aumento das demandas dessa prática chama atenção porque a tatuagem remete à permanência, sendo que as subjetivações atuais prezam a efemeridade. Por outro lado, a imagem e tempo imediato são também valorizados e o olhar e a provocação para ser olhado, partícipes de uma estética e espetáculo, colocam a tatuagem consonante aos movimentos de culto ao corpo tão exacerbado atualmente. Estes são movimentos distintos, que apontam para divergências e convergências do mesmo fenômeno, e que tornam as problemáticas do corpo e tatuagens paradigmáticas na atualidade. De forma a encaminhar essas discussões, são utilizadas algumas falas de pessoas tatuadas entrevistadas durante o trabalho de campo dessa investigação e ficou evidenciado a grande importância da visibilidade e experiência tátil no processo de escolha e feitura da tatuagem.