Marta Conte, Marília Silveira, Sandra Djambolakdjian Torossian, Maria Cecília de Souza Minayo
O objetivo deste artigo é apresentar as histórias de vida como metodologia de pesquisa com adolescentes em situação de violência. Essa ferramenta metodológica foi utilizada na pesquisa A construção identitária na adolescência em contextos violentos na perspectiva da Clínica em Saúde Mental , financiada pelo edital 033/2008 do CNPq, e desenvolvida em 2009 e 2010. Foram articulados elementos do campo da psicanálise e das ciências sociais. Analisamos as potencialidades das histórias de vida na produção de atos de fala e atos criativos na perspectiva da psicanálise e da saúde coletiva. Visa, também, a construção de ferramentas clínicas e de alternativas singulares e coletivas de expressão psicossocial para o campo da clínica, da pesquisa e da saúde coletiva voltada aos adolescentes atendidos em serviços públicos, além de problematizar as concepções de violência e adolescência, especialmente as que reproduzem estigmas e exclusão.