Djuliane Maria Gil Schaeken Rosseti, Haroldo de Araújo Abreu Neto, Denise Machado Duran Gutierrez
The topic death is still considered a taboo in many places, especially when associated to the concept of HIV/AIDS. Even with the development in Medicine it is noticed that there is a movement against the reduction in the percentage of contamination by the HIV virus. The SUS (Unique Health System) provides a chain of accompaniment and free medical treatment. If there is no treatment, the body will suffer. With the aim of reverting the disease, doctors use all their knowledge, but they are not successful in some cases. How may Medicine proceed when death is eminent? Thinking about this issue, it was aimed to understand the vision of professionals of Medicine of FMT-HIV about orthonasia and how actions on this theme contribute to the process of humanization in the hospital context. For this reason a qualitative methodology was chosen in order to organize a semistructured interview able to gleam a doctor-patient relation, the process of life and death, making a decision and the care done as stopgaps. We intend to offer a vision on the ways Medicine has used, since the introduction in 2009 in the Resolution nº 1.931 in its Ethical Code, responsible by the Humanitarian principles, also involving Orthonasia. Besides, we have discussed the theme considering the National Humanization Politics that praises the value, autonomy and the protagonism of the several actors involved in the scene of the production of health care. The intention is to create a debate that enriches the quality of action of the health professional, making the dialogue doctor-patient-family easy and opening space for the consciousness of the perspective of Humanization in Brazilian Medicine nationwide. Here we only show the session of theoretical review where this work is based on.
A temática da morte ainda é vista como tabu em muitos lugares, ainda mais quando associada ao conceito de HIV/AIDS. Mesmo com toda a evolução na medicina percebe-se um movimento contrário à redução no percentual de contaminação pelo vírus HIV. À esta parcela da população o Sistema Único de Saúde SUS assegura uma rede de acompanhamento e tratamento farmacológico gratuito. Nos casos de não aderência ao tratamento, o corpo padece. Visando reverter o quadro clinico, a equipe médica faz uso de todos os seus conhecimentos, mas nem sempre obtém êxito. Como a medicina deve agir frente à proximidade da morte? Pensando nessa questão, objetivou-se compreender a visão dos profissionais da medicina da FMT-HVD acerca da ortotanásia e de que forma as ações voltadas para este tema contribuem para o processo de humanização no contexto hospitalar. Para tal, optou-se por construir, através de uma metodologia qualitativa, um roteiro de entrevista semiestruturada capaz de vislumbrar a relação médico-paciente, o processo de vida e morte, a tomada de decisão e os cuidados paliativos dispensados. Pretendemos aqui oferecer uma visão acerca dos caminhos que a Medicina tem tomado, desde a introdução em 2009 da Resolução n. 1.931 em seu Código de Ética, responsável pelo aporte de princípios Humanistas, envolvendo inclusive a Ortotanásia. Ademais, discutimos o tema tendo em vista a Política Nacional de Humanização que preconiza a valorização, autonomia e protagonismo dos diversos atores implicados na cena da produção de cuidados à saúde. Procura-se aqui fomentar um debate que enriqueça a qualidade de ação do profissional da saúde, facilitando o diálogo médico-paciente-família e abrindo espaço para a conscientização da perspectiva da Humanização no âmbito da Medicina Brasileira. Nesse escrito apresentamos apenas a sessão de revisão teórica que fundamenta o trabalho.