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As reacções psicológicas observadas nos indivíduos contaminados por VIH/SIDA assemelham-se às manifestadas por pessoas que sofrem de doenças de potencial letalidade e de evolução imprevisível ou de outras doenças ameaçadoras da qualidade de vida. Variam desde reacções emocionais fortes, mas sem psicopatologia (surpresa, choque, negação e angústia) até respostas (psico)patológicas (depressão major, comportamentos suicidas). As reacções psicológicas à notícia da contaminação, isto é, a um estado serológico positivo para o VIH resultam da interacção de factores biológicos, psicológicos e sociais e sofrem alterações ao longo do tempo de acordo com épocas específicas do ciclo de vida e contextos pessoais.
Nomeadamente, no que concerne às mulheres, o confronto com um diagnóstico de serpositividade ocorre muitas vezes no decurso dos exames de rotina pré-natal. Outras, conhecendo a sua situação clínica, de contaminação pelo VIH/SIDA, optam por engravidar. Em ambos os casos, o cruzamento do seu estado de contaminação com o confronto com o risco de um filho seropositivo pode originar grande sofrimento psicológico.
Numa amostra de mulheres seropositivas grávidas caracterizamos as reacções psicológicas e psicopatológicas ao VIH/SIDA e procuramos encontrar factores modeladores do padrão de resposta e adaptação apresentados.
