O Ensino Secundário Portugués oferece um vasto leque de modalidades de forma9áo com objectívOs distintos, estando a escolha por uma delas relacionada com as oportunidades sócio-económicas, interesses, projectos, aspira9óes/expectativas pessoais, escolares e/ou profissionais dos alunos, bem como com as percep9óes que estes formam acerca das suas próprias capacidades e competencias.
Neste quadro, considerando o auto-conceito de competéncia como a percep9áo acerca das capacidades para lidar de forma eficaz com o ambiente, nomeadamente do ponto de vista cognitivo, social e de criatividade, desenvolvemos um estudo diferencial com 403 alunos que frequentam duas vías/modalidades distintas do Ensino Secundário - Cursos de Carácter Geral e Cursos Profissionais -, utilizando a Escala de Auto-Conceito de Competéncia de Ráty e Snellman (1992), adaptada ao contexto portugués por Faria, Lima Santos e Bessa (1996).
Os resultados rnostram que o auto-conceito de competéncia se diferencia em fun9áo do género, do nivel de escolaridade e do nivel sócio-económico, corroborando outros estudos portugueses. As diferen9as em fun9áo da via/modalidade de ensino favorecem os alunos que frequentam Cursos de Carácter Geral, facto este que pode estar relacionado com os diferentes objectivos e actividades valorizados por cada via/modalidade, o que sugere a promo9áo de um desenvolvimento diferenciado da percep9áo de competencia pessoal.