Introducción: A pesar de que la vacunación es un comportamiento de protección que puede permitir superar la pandemia por el COVID-19, la reticencia a vacunarse es aún prevalente para esta y otras enfermedades. Esta investigación busca comprender cuáles variables influencian la probabilidad de vacunarse en una muestra en Latinoamérica aplicando el modelo COM-B. Método: 368 personas de Latinoamérica respondieron una encuesta autoreportada y transversal como parte del estudio iCARE. La recolección inició en marzo de 2020 usando un muestreo por conveniencia en bola de nieve (a nivel mundial) y un muestreo representativo paralelo en países seleccionados. Resultados: Un modelo de ecuaciones estructurales mostró que saber que vacunarse ayudará a proteger a otros, querer contribuir a unos mayores índices de vacunación para alcanzar la inmunidad de rebaño y creer que vacunarse reducirá las preocupaciones propias y síntomas de ansiedad son variables que predicen la probabilidad de vacunarse. Esto muestra que las motivaciones en esta muestra son más relevantes que las capacidades y oportunidades en lo que a este comportamiento refiere. Conclusiones: Las campañas para reducir la reticencia para vacunarse necesitan resaltar los factores psicosociales para vacunarse e incrementar la vulnerabilidad y el riesgo percibidos respecto a la enfermedad.
Background: Even though vaccination may serve to effectively overcome the COVID-19 pandemic, vaccine hesitancy is still prevalent and affected by different variables. This research is intended to understand which variables influence the likelihood of an individual getting a COVID-19 vaccine in a sample from Latin America, applying the COM-B model.Method: 368 individuals from Latin America answered a self-administered, cross-sectional survey from the iCARE study. Survey data began in March 2020 using convenience snowball sampling (globally) and parallel representative sampling in targeted countries. Results: A structural equation model showed that knowing that getting vaccinated will help protect others, wanting to contribute to high vaccination rates among the population to achieve herd immunity, and believing that getting vaccinated would reduce personal worries and anxiety predict the likelihood of an individual getting vaccinated. This shows that in this sample, motivators are more salient than capabilities and opportunities regarding vaccination uptake. Conclusions: Campaigns to reduce vaccine hesitancy need to highlight the prosocial factors of getting vaccinated and increase vulnerability and risk perceptions regarding the disease.
Introdução: Embora a vacinação seja uma medida de proteção que pode permitir superar a pandemia da COVID-19, a hesitação em vacinar-se ainda é prevalente para esta e outras doenças. Esta pesquisa busca compreender quais variáveis influenciam a probabilidade de se vacinar em uma amostra na América Latina, aplicando o modelo COM-B. Método: 368 pessoas da América Latinaresponderam a uma pesquisa autorrelatada e transversal como parte do estudo iCARE. A coleta iniciou-se em março de 2020 utilizando amostragem por conveniência em bola de neve (em nível mundial) e uma amostragem representativa paralela em países selecionados. Resultados: Um modelo de equações estruturais mostrou que saber que vacinar-se ajudará a proteger outras pessoas, querer contribuir para maiores índices de vacinação a fim de alcançar a imunidade de rebanho e acreditar que vacinar-se reduzirá as próprias preocupações e sintomas de ansiedade são variáveis que predizem a probabilidade de vacinar-se. Isso mostra que, nesta amostra, as motivações são mais relevantes do que as capacidades e oportunidades no que diz respeito a esse comportamento. Conclusões: As campanhas para reduzir a hesitação em vacinar-se precisam destacar os fatores psicossociais para a vacinação e aumentar a vulnerabilidade e o risco percebidos em relação à doença.