Brasil
Este artículo se deriva de una investigación-intervención con fundamento psicoanalítico, cuyo objetivo fue construir y mediar un recorrido lúdico junto a niños con Trastorno del Espectro Autista (TEA), desde la perspectiva de inventar nuevas formas de lazo social, en un servicio público de referencia para la atención a personas con autismo, en Joinville/SC (Brasil). Para alcanzar los objetivos, se desarrolló el Dispositivo de Grupo Terapéutico con un grupo de niños de entre cuatro y cinco años y once meses, con diagnóstico (o sospecha diagnóstica) de TEA. La propuesta consistió en realizar 20 sesiones: dos con los responsables de los niños y 18 con los niños, quienes inicialmente fueron atendidos de forma individual o en pareja, para posteriormente ser incorporados al grupo. Los datos cualitativos se obtuvieron a través de entrevistas semiestructuradas con los responsables y de un diario de campo construido mediante anotaciones de los fenómenos transferenciales observados en las sesiones con los niños. El material recogido fue organizado mediante Análisis del Discurso. Se utilizó el enfoque teórico-metodológico del psicoanálisis para guiar la investigación-intervención. Al analizar la escucha de los padres, se evidenció una variedad de desafíos y angustias vividas por ellos, así como la similitud en las quejas respecto a sus hijos: escaso uso del habla o mutismo; falta de interacción social y dificultad para responder a los límites. A partir del recorrido grupal, se constató un cambio subjetivo tanto en los niños como en sus padres. El espacio lúdico y el contacto social, mediado por el respeto a la singularidad de cada niño, permitió una disminución de las defensas frente a la angustia, posibilitando que los niños cedieran al goce vocal y a otros objetos pulsionales.
ste artigo deriva de uma pesquisa-intervenção com fundamentação psicanalítica, que teve por objetivo construir e mediar um percurso lúdico junto a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), na perspectiva da invenção de novas formas de laço social, em um serviço público, de referência para o atendimento às pessoas com Autismo, em Joinville/SC. Para atingir os objetivos, o Dispositivo Grupo Terapêutico foi construído junto a um grupo de crianças, com idades entre quatro e cinco anos e onze meses, com diagnóstico (ou hipótese diagnóstica) de TEA. A proposta foi a realização de 20 sessões, sendo duas com os responsáveis das crianças e 18 com as crianças, que inicialmente foram atendidas individualmente ou em dupla para posteriormente serem inseridas no grupo. Os dados qualitativos foram obtidos por meio das entrevistas semiestruturadas, realizadas com os responsáveis e pelo diário de campo construído por meio de anotações dos fenômenos transferenciais observados nas sessões com as crianças. O material coletado foi organizado por meio de Análise do Discurso. Utilizou-se o aporte teórico-metodológico da psicanálise para condução da pesquisa-intervenção. Ao se analisar a escuta dos pais das crianças pode-se perceber uma variedade de desafios e angústias vividos por eles e a similaridade das queixas trazidas sobre seus filhos: Pouco uso da fala ou mutismo; não interação social e não responderem aos limites. A partir do percurso com o grupo, pode-se constatar que houve uma mudança subjetiva tanto nas crianças como em seus pais. O espaço lúdico e o contato social mediado pelo respeito a singularidade de cada criança, fez com que a defesa contra a angustia diminuísse, possibilitando a elas cederem ao gozo vocal e a outros objetos pulsionais.