Maria Ibarra Barajas, María Moreno Sierra, Sonia Romero, Maria Juliana Rubiano Quintero, Mario Fernando Gutiérrez Romero
El objetivo de este artículo es explorar la relación entre aversión a la inequidad, distribución de recursos y sesgo intragrupal en escolares desde una perspectiva del desarrollo y establecer la relación entre variables socioeducativas y la respuesta aversiva. Participaron 302 personas entre los 11 y los 23 años (M = 16.45, DE = 2.95); se propuso una tarea que evaluaba la acepción o rechazo de distribuciones de recursos condicionadas por la presencia o ausencia de sesgo intragrupal. En los resultados se evidencia que el sesgo intragrupal genera diferencias significativas cuando las personas distribuyen recursos; existe una correlación negativa entre la aversión a la inequidad ventajosa y el número de monedas ofrecidas. Se prefiere mantener sus ganancias que tener que distribuirlos ante situaciones de inequidad. Este patrón sugiere que las relaciones interpersonales influyen en la distribución de recursos y reflejan un comportamiento adaptativo que busca mantener la cooperación y el orden dentro del grupo. Se halló una relación entre el estrato socioeconómico y una baja aversión a la inequidad desventajosa en presencia de la condición de sesgo intrasocial. Como conclusión se propone que el sesgo intragrupal influye en la distribución de recursos, a nivel social, el no cuestionarse si una distribución de recursos es justa o no, conlleva al mantenimiento de inequidad y desigualdad. El hecho de que las personas estén dispuestas a aceptar cualquier resultado con tal de obtener una ganancia implica que no existe un pensamiento crítico frente a la justicia.
The aim of this article is to explore the relationship between inequity aversion, resource distribution, and intragroup bias in schoolchildren from a developmental perspective, as well as to establish the relationship between socio-educational variables and aversive responses. A total of 302 individuals aged between 11 and 23 years old (M = 16.45, SD = 2.95) participated in the study, engaging in a task assessing acceptance or rejection of resource distributions conditioned by the presence or absence of intragroup bias. The results indicate that intragroup bias generates significant differences in resource distribution; there is a negative correlation between aversion to advantageous inequity and the number of coins offered. Participants prefer to maintain their gains rather than distribute them in situations of inequity. This pattern suggests that interpersonal relationships influence resource distribution and reflect an adaptive behavior aiming to maintain cooperation and order within the group. Furthermore, a relationship was found between socioeconomic status and low aversion to disadvantageous inequity in the presence of intrasocial bias. In conclusion, it is proposed that intragroup bias influences resource distribution. At a social level, the failure to question whether a resource distribution is fair or not leads to the maintenance of inequity and inequality. The willingness of individuals to accept any outcome in order to obtain a gain implies a lack of critical thinking regarding justice.
O objetivo deste artigo é explorar a relação entre aversão à inequidade, distribuição de recursos e preconceito intragrupal em escolares desde uma perspectiva do desenvolvimento e estabelecer a relação entre variáveis socioeducativas e a resposta aversiva. Participaram 302 pessoas entre os 11 e os 23 anos (M = 16,45, DP = 2,95); foi proposta uma tarefa que avaliava a aceitação ou rejeição de distribuições de recursos condicionadas pela presença ou ausência de preconceito intragrupal. Nos resultados, evidencia-se que o preconceito intragrupal gera diferenças significativas quando as pessoas distribuem recursos; existe uma correlação negativa entre a aversão à inequidade vantajosa e o número de moedas oferecidas. Prefere-se manter seus ganhos do que ter que distribuí-los em situações de inequidade. Esse padrão sugere que as relações interpessoais influenciam na distribuição de recursos e refletem um comportamento adaptativo que busca manter a cooperação e a ordem dentro do grupo. Foi encontrada uma relação entre o estrato socioeconômico e uma baixa aversão à inequidade desvantajosa na presença da condição de preconceito intrasocial. Como conclusão, propõe-se que o preconceito intragrupal influencia na distribuição de recursos; em nível social, não questionar se uma distribuição de recursos é justa ou não leva à manutenção da inequidade e desigualdade. O fato de que as pessoas estão dispostas a aceitar qualquer resultado para obter um ganho implica que não existe um pensamento crítico frente à justiça.