Enrique Ibarra Aguirre, Héctor M. Jacobo García, Alba del Carmen Valenzuela Santoyo, Samuel Alejandro Portillo Peñuelas
El objetivo del estudio era explorar el papel del profesorado como otro significativo en la evolución del autoconcepto académico durante la adolescencia. Se empleó un enfoque mixto, con diseño evolutivo-transversal. La muestra incluyó a 150 estudiantes de entre 12 y 18 años de instituciones públicas de Sinaloa (México), matriculados en secundaria, bachillerato y universidad. Para la recogida de datos se utilizaron la Entrevista Clínica Crítica Piagetiana (versión semiestructurada) y el Cuestionario de Autoconcepto Forma 5. Los resultados cuantitativos muestran un descenso del autoconcepto académico entre los 12 y 15 años, seguido de un incremento a los 18 años, con diferencias estadísticamente significativas entre los de 15 y 18 años. A los 15 años el alumnado cree que sus docentes los perciben con pocas cualidades valoradas en el desempeño académico y menos inteligentes, coincidiendo con la disminución de su autoconcepto académico. En contraste, a los 18 años, cuando su autoconcepto mejora, consideran que sus docentes reconocen en ellos cualidades académicas valiosas y los perciben más inteligentes, aunque empiezan a nombrar más atribuciones personales. No se encontraron diferencias significativas en función del sexo. Estos hallazgos sugieren que la percepción que el estudiantado tiene sobre cómo le ven sus docentes influye en los cambios en su autoconcepto académico durante la adolescencia. Se recomienda fomentar ambientes escolares que refuercen la autopercepción positiva del alumnado desde la figura docente, promoviendo la confianza en sus propias capacidades ante las tareas académicas.
The aim of this study was to explore the role of teachers as significant other in the development of academic self-concept during adolescence. A mixed-method approach was used, with a cross-sectional design. The sample included 150 students aged between 12 and 18 from public institutions in Sinaloa (Mexico), enrolled in secondary school, high school, and university. Data were collected using the Piagetian Critical Clinical Interview (semi-structured version) and the Self-Concept Questionnaire Form 5. The quantitative results show a decline in academic self-concept between the ages of 12 and 15, followed by an increase at age 18, with statistically significant differences between the ages of 15 and 18. At age 15, students believe that their teachers perceive them as having few valued qualities in academic performance and as less intelligent, coinciding with the decline in their academic self-concept. In contrast, at age 18, when their self-concept improves, they believe that their teachers recognize valuable academic qualities in them and perceive them as more intelligent, although they begin to name more personal attributes. No significant differences were found based on gender. These findings suggest that students' perceptions of how their teachers view them influence changes in their academic self-concept during adolescence. It is recommended to foster school environments that reinforce students' positive self-perception through teachers, promoting confidence in their own abilities when faced with academic tasks.
O objetivo do estudo era explorar o papel das e dos docentes como outro significativo na evolução do autoconceito académico durante a adolescência. Foi utilizada uma abordagem mista, com um desenho evolutivo-transversal. A amostra incluiu 150 estudantes entre 12 e 18 anos de instituições públicas de Sinaloa (México), matriculados/as no ensino secundário, bacharelato e universidade. Para a recolha de dados, foram utilizadas a Entrevista Clínica Crítica Piagetiana (versão semiestruturada) e o Questionário de Autoconceito Forma 5. Os resultados quantitativos mostram um declínio no autoconceito académico entre os 12 e os 15 anos, seguido de um aumento aos 18 anos, com diferenças estatisticamente significativas entre os 15 e os 18 anos. Aos 15 anos, os/as estudantes acreditam que os seus professores/as os percebem com poucas qualidades valorizadas no desempenho académico e menos inteligentes, coincidindo com a diminuição do seu autoconceito académico. Em contraste, aos 18 anos, quando o seu autoconceito melhora, consideram que os seus professores reconhecem neles qualidades académicas valiosas e os percebem como mais inteligentes, embora comecem a nomear mais atribuições pessoais. Não foram encontradas diferenças significativas em função do sexo. Essas descobertas sugerem que a percepção que os/as estudantes têm sobre como são vistos pelos seus professores influencia as mudanças no seu autoconceito académico durante a adolescência. Recomenda-se fomentar ambientes escolares que reforcem a autopercepção positiva dos/as estudantes a partir da figura docente, promovendo a confiança nas suas próprias capacidades diante das tarefas académicas.