Resumen Este estudio analiza las representaciones sociales del cambio climático en estudiantes universitarios de distintas áreas disciplinares, con el propósito de examinar su estructura, explorar diferencias según género y campo formativo, e identificar los enfoques predominantes respecto de sus causas, consecuencias, factores humanos y dimensiones emocionales. Se utilizó un diseño mixto, no experimental, fundamentado en la teoría del núcleo central. A partir de un cuestionario virtual aplicado a 103 estudiantes de una universidad pública chilena, se recolectaron 515 evocaciones mediante técnicas de asociación libre y jerarquización de términos. El análisis prototípico y categorial permitió identificar configuraciones representacionales centradas en las consecuencias ambientales y las respuestas emocionales, destacando términos como “sequía”, “calor”, “preocupación” y “tristeza”. Aunque se reconoce el origen antropogénico del fenómeno, los factores humanos ocupan una posición periférica, lo que sugiere una distancia psicológica frente a la responsabilidad individual y colectiva. Asimismo, se observaron diferencias sutiles en función del género y la disciplina: las mujeres tienden a expresar mayor carga emocional, mientras que los hombres enfatizan los impactos materiales; en tanto, los estudiantes de ciencias sociales evocan contenidos más socioemocionales que quienes provienen de áreas científico-tecnológicas. Estos hallazgos evidencian cómo las trayectorias educativas y los contextos socioculturales configuran sentidos diferenciados del cambio climático. Se concluye que las representaciones sociales constituyen un insumo valioso para el diseño de estrategias educativas interdisciplinares, emocionalmente pertinentes y territorialmente situadas, orientadas a fortalecer el compromiso climático desde la educación superior.
Abstract his study analyzes the social representations of climate change among university students from various academic disciplines. Its aim is to examine the representational structure, explore differences by gender and field of study, and identify dominant approaches regarding causes, consequences, human factors, and emotional dimensions of the phenomenon. A mixed-method, non-experimental design was employed, grounded in the theory of central core. Data were collected through an online questionnaire administered to 103 students from a public university in Chile, yielding 515 free associations using word association and term-ranking techniques. Prototypical and categorical analyses revealed representational structures centered on environmental consequences and emotional responses, with frequent terms such as "drought," "heat," "concern," and "sadness." Although the anthropogenic origin of climate change is acknowledged, human factors appear in peripheral positions, suggesting a psychological distance from individual and collective responsibility. Gender and disciplinary differences were also observed: women expressed a higher emotional load, while men emphasized material impacts; students in the social sciences evoked more socio-emotional content than their counterparts in science and technology. These findings demonstrate how educational trajectories and sociocultural contexts shape differentiated meanings of climate change. The study concludes that social representations offer a valuable basis for designing interdisciplinary, emotionally relevant, and context-sensitive educational strategies aimed at strengthening climate engagement through higher education.
Resumo Este estudo analisa as representações sociais das mudanças climáticas entre estudantes universitários de diferentes áreas disciplinares. O objetivo é examinar a estrutura representacional, explorar diferenças segundo gênero e área de formação, e identificar os enfoques predominantes sobre causas, consequências, fatores humanos e dimensões emocionais do fenômeno. Utilizou-se um desenho metodológico misto, de caráter não experimental, fundamentado na teoria do núcleo central. Os dados foram coletados por meio de um questionário virtual aplicado a 103 estudantes de uma universidade pública chilena, obtendo-se 515 evocações através de técnicas de associação livre de palavras e ranqueamento de termos. As análises prototípica e categorial revelaram estruturas representacionais centradas nas consequências ambientais e nas respostas emocionais, destacando-se termos como “seca”, “calor”, “preocupação” e “tristeza”. Embora se reconheça a origem antropogênica do fenômeno, os fatores humanos aparecem em posições periféricas, sugerindo uma distância psicológica em relação à responsabilidade individual e coletiva. Também foram observadas diferenças de gênero e disciplina: mulheres expressaram maior carga emocional, enquanto homens enfatizaram impactos materiais; estudantes das ciências sociais evocaram mais conteúdos socioemocionais que os das áreas científico-tecnológicas. Esses achados evidenciam como trajetórias formativas e contextos socioculturais configuram sentidos diferenciados sobre as mudanças climáticas. Conclui-se que as representações sociais constituem um insumo relevante para o desenvolvimento de estratégias educativas interdisciplinares, emocionalmente pertinentes e situadas territorialmente, voltadas ao fortalecimento do engajamento climático no ensino superior.