Cristina Mora, Laura Rojas, Margarita Villota, Luisa Ramírez
La pandemia de Covid-19 desafió al mundo de varias maneras que exigieron esfuerzos globales de adaptación y respuesta para minimizar su impacto. La amenaza existencial planteada por la pandemia, el aumento global de la dependencia de la gente a las redes sociales y la necesidad desesperada de información, crearon un escenario de proliferación de noticias falsas. Este artículo pretende contribuir a la comprensión de los procesos psicológicos implicados en la propagación de noticias falsas. La metodología fue una revisión de literatura empírica de alcance según lineamientos PRISMA sobre los procesos psicológicos relacionados con la aceptación de noticias falsas sobre Covid-19. Se buscaron artículos en cinco bases de datos publicados entre enero de 2020 y diciembre de 2021 en inglés y español. Esto condujo a la identificación de 223 estudios, que después de las comprobaciones de elegibilidad resultaron en 18 artículos. Nuestros resultados mostraron que: a) no está clara la relación entre la consistencia de las teorías conspirativas, las creencias de Covid-19 y la aceptación de las fake news, b) existen evidencias de que emociones como la ira y el miedo predicen parcialmente las conductas de compartir información, c) los estilos cognitivos intuitivos están asociados con una mayor aceptación de las noticias falsas, y d) no es clara la relación entre la orientación política y el respaldo a las fake news, Discutimos las implicaciones de nuestros hallazgos y destacamos la necesidad urgente de investigar sobre este aspecto cada vez más problemático de la comunicación humana.
The Covid-19 pandemic challenged the world in several ways that required global efforts to adapt and respond, in an attempt to minimize its impact. The existential threat posed by the pandemic, the global increase of people’s reliance on social networks, and the desperate need for information created an infodemic scenario. This paper seeks to contribute to an understanding of the psychological processes involved in the propagation of fake news. To this end, we conducted a PRISMA scoping review of empirical literature on psychological processes related to the acceptance of fake news regarding Covid-19. Articles were searched in 5 databases for relevant and potentially eligible studies published between January of 2020 and December of 2021 in English, and Spanish. This led to the identification of 223studies, which after eligibility checks resulted in 18 articles that met criteria. Selected articles were empirical papers that focused on exploring psychological processes and its relations with fake news. Our results showed that: a) it is not clear the relationship between the consistency of conspiracy theories, beliefs of covid-19 and acceptance of fake news, b) there is evidence of emotions such as anger and fear that partially predicts information sharing behaviors, c) is not clear the relationship between political orientation and the endorsement to fake news, and d) intuitive cognitive styles were more associated with higher endorsement of fake news. Finally our discussion led us to understand some limitations of the study, such as time criteria and the analysis of correlational studies.
A pandemia da covid-19 impôs desafios globais que exigiram esforços coletivos de adaptação e resposta. A ameaça existencial da pandemia, o aumento global da dependência das redes sociais e a necessidade urgente de informações favoreceram a proliferação de notícias falsas. Este artigo tem o objetivo de contribuir para a compreensão dos processos psicológicos envolvidos na disseminação de notícias falsas. A metodologia consistiu em uma revisão de escopo da literatura empírica, seguindo o escopo Prisma as diretrizes PRISMA, sobre os processos psicológicos relacionados à aceitação de notícias falsas sobre a covid-19. A busca foi realizada em cinco bancos de dados por artigos publicados entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021 em inglês e espanhol. Foram identificados 223 estudos, dos quais 18 atenderam aos critérios de elegibilidade. Os resultados indicam que a) a relação entre a consistência das teorias da conspiração, as crenças sobre a covid-19 e a aceitação de notícias falsas não é clara; b) há evidências de que emoções como ira e medo predizem parcialmente os comportamentos de compartilhamento de informações; c) os estilos cognitivos intuitivos estão associados à maior aceitação de notícias falsas; e d) a relação entre a orientação política e o endosso de notícias falsas não é clara. Discutimos as implicações de nossas descobertas e destacamos a necessidade urgente de mais pesquisas sobre esse aspecto cada vez mais problemático da comunicação humana.