Brasil
A recente escalada da guerra de extermínio perpetrada pelo colonialismo sionista contra Gaza expõe a hipocrisia das democracias ocidentais e coloca a causa palestina no centro da agenda global. Entretanto, a condenação da resistência armada palestina pela esquerda ocidental revela a persistência de premissas colonizadoras ancoradas no não dualismo epistemológico burguês, instrumentalizadas para sustentar a hegemonia do capital e esconder suas contradições. Em contraste, a perspectiva de ativistas e intelectuais de nacionalidade palestina e árabe sobre o significado da operação “Flood Al-Aqsa” e do acordo Cesar-Fogo entre Israel e Hamas desafia a representação do capitalismo como um sistema inexorável impulsionado pelo Ocidente, demonstrando o poder da resistência coletiva para expor o movimento contraditório que nega o capital como uma totalidade abrangente. Conclui-se que a psicologia pode fortalecer os processos de emancipação desmistificando o monopólio burguês da razão, engajando-se em lutas anticoloniais que revelem alternativas à sociabilidade capitalista.