Solange Struwka
, Robert Filipe dos Passos
Este artigo propõe uma reflexão acerca da noção de saúde mental desde a constante opressão imperialista dos povos da periferia do capitalismo, enfocando o contexto latinoamericano e da Palestina. Partimos do pressuposto de que as ações de domínio imperial na América Latina e a ocupação colonial do território palestino integram um mesmo projeto de dominação capitalista e imperialista. Temos como objetivo discutir o necessário posicionamento anti-imperialista e anticolonialista como premissas fundamentais para descolonizar a noção de saúde mental em Psicologia. Trata-se de um ensaio teórico que estabelece bases de compreensão da dinâmica capitalista, em especial no contexto latinoamericano, reforçando a análise do projeto genocida colonial perpetrado por Israel como faceta de domínio imperialista. Esta análise contribui com uma noção crítica de saúde mental, apontando pistas para uma Psicologia que assume o compromisso ético-político que tem como dimensão inegociável de seu fazer uma posição anti-colonial, anticapitalista e anti-imperialista.