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A relação com o trabalho, bem como a centralidade atribuída a essa atividade, podem se diferenciar diante de algumas características individuais e sociais. Dentre elas, podemos citar os diferentes níveis socioeconômicos (NSE). Com base em uma amostra probabilística e representativa da população, objetiva-se verificar o modo como fatores sociais, em especial aqueles relacionados ao NSE, contribuem para diferenciar os significados compartilhados sobre o trabalho. A investigação foi conduzida a partir de uma metodologia mista. A análise quantitativa utilizou a Regressão Logística Binária e contou com dados obtidos na sétima onda da World Values Survey (WVS). A etapa qualitativa visa permitir compreender singularidades sobre o fenômeno, de modo a explorar como as percepções e singularidades nas vivências dos trabalhadores refletem no processo de significação do trabalho. Para tal, foram conduzidas 22 entrevistas semi estruturadas, obtidas em amostra por conveniência, examinadas por meio da Análise Textual Interpretativa. Os resultados permitiram identificar mecanismos de socialização e reprodução de valores que conduzem à diferenciação dos atores sociais no mercado de trabalho, contribuindo para a distinção entre as oportunidades vivenciadas. Essa diferenciação se verifica, principalmente, conforme os diferentes níveis socioeconômicos desses indivíduos.
