The Amazon hydrological regime is characterized by well-planned periods of flood and drought. This seasonality conditions the dynamics of Amazonian man, especially those who settled along the banks of the rivers. Such could integrate the group of traditional communities, which are more exposed and receive the occurrence of the extreme climatic phenomena. In this case, risk governance emerges as a proposal to avoid and minimize the adverse effects that nature resisted these children. This work presents a reflection on coping with extreme weather events by riverside communities and how empirical knowledge can contribute to supporting the foundations for risk governance in areas of socio-environmental vulnerability. The methodology adopted was the bibliographical survey regarding the climatological variability, its effects on the way of life of the Amazonian riverside individuals and how they behave in the face of these events. As a result, extreme droughts and floods have been affecting the dynamics of these Amazonian individuals, influencing their adaptive and cultural abilities. It is also verified that despite the availability of human, physical and financial resources, and the management instruments available in the Amazonian municipalities, there are no effective actions applied to risk governance. On the other hand, the experiences of riverside individuals can indicate ways to build governance plans capable of avoiding or mitigating the suffering of riverside dwellers during severe episodes.
Keyword: extreme drought and flood events, riverside dweller’s lifestyle, risk governance.
O regime hidrológico amazônico é caracterizado por épocas bem definidas de cheia e seca. Essa sazonalidade condiciona a dinâmica do homem amazônida, sobretudo, aqueles que se instalaram ao longo das margens dos rios. Tais populações integram o grupo das comunidades tradicionais, as quais são mais expostas e vulneráveis à ocorrência de fenômenos climáticos extremos. Nesse cenário, a governança de risco surge como proposta para evitar e minimizar os impactos adversos que a natureza impõe sobre essas populações. Esse trabalho apresenta uma reflexão sobre o enfretamento de eventos climáticos extremos por comunidades ribeirinhas e como o conhecimento empírico pode contribuir para fundamentar as bases para a governança de riscos nessas áreas de vulnerabilidade socioambiental. A metodologia adotada foi o levantamento bibliográfico a respeito das variabilidades climatológicas, seus efeitos no modo de vida dos ribeirinhos amazônicos e como eles se comportam diante desses eventos. Como resultados obteve-se que as secas e cheias extremas vem afetando a dinâmica desses povos amazônicos, influenciando suas habilidades adaptativas e culturais. Verifica-se ainda que apesar da disponibilidade dos recursos humanos, físicos e financeiros e dos instrumentos de gestão disponíveis nos municípios amazônicos, não há ações efetivas voltadas à governança de risco, entretanto, as experiências dos ribeirinhos podem indicar caminhos para construção de planos de governança capazes de evitar ou mitigar o sofrimento dos ribeirinhos durante os episódios severos.
Palavras-chave: secas e cheias extremas, modo de vida ribeirinho, governança de risco.