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A menor renda das mulheres em relação aos homens é observada há muito tempo no Brasil e no mundo. Existe uma farta literatura apontando isso como fruto de uma opressão sistemática do sexo feminino na vida ocupacional, requerendo correção via iniciativas sociais. Contudo, diversos mecanismos de proteção e incentivo às mulheres parecem ter reduzido a desigualdade, mas não aparentam tender a eliminá-la. Por outro lado, múltiplos trabalhos têm indicado haverem diferenças evolucionárias entre os sexos que poderiam explicar o fenômeno em termos de preferências e escolhas distintos, mais do que uma sociedade opressora. O presente trabalho investigou essa possibilidade a partir de um estudo empírico com 784 homens e mulheres adultos da Região Metropolitana do Recife trabalhando em organizações. As evidências obtidas que confirmam a ideia de que se trata de diferenças voluntárias em comportamento entre os sexos, especialmente quando se tem filhos, mais do que opressão.
Palavras Chave: sexo, trabalho, desigualdade, psicologia evolucionária, opressão.
