Analynne Rodrigues Negrão, Kenneri Cezarini Hernandes Alves, Wendel Patrick Gomes Marques, Dyana Joy dos Santos Fonseca
La crisis del nuevo coronavirus ha desencadenado numerosos colapsos, tanto en la sanidad como en la economía y en todos los sectores sociales. Ante la falta de políticas de salud pública, las poblaciones culturales tradicionales han recurrido a la fitoterapia y al autocuidado. Así, basándose en su percepción de la enfermedad, desarrollan estrategias de prevención y tratamiento contra el COVID-19. Este estudio investigó el uso de plantas medicinales y alimenticias para combatir el COVID-19 en dos comunidades tradicionales de la ciudad de Abaetetuba, Pará. Metodológicamente, se aplicaron cuestionarios a los residentes y representantes de las localidades para obtener datos sobre las especies botánicas utilizadas para el COVID-19. En total se aplicaron 18 cuestionarios, 7 en la comunidad de Ramal do Piratuba y 11 en Ilha do Capim. Se observó que en las localidades se han utilizado métodos no farmacológicos, como el uso de plantas medicinales y alimenticias, para tratar el COVID-19. Se mencionaron 18 especies de plantas, entre ellas el ajo (Allium sativum L.), la fruta de la pasión (Passiflora edulis Sims) y el azafrán (Curcuma longa L.), que se utilizan principalmente para reforzar la inmunidad y tratar los daños psicológicos causados por la pandemia. a mayoría de estas especies se compran en ferias y herboristerías; pocas se cultivan. Por lo tanto, el cuidado de las comunidades tradicionales es esencial para que la cultura y los conocimientos etnobotánicos de estos pueblos permanezcan con las generaciones.
The crisis of the new coronavirus triggered many collapses, both in health, in the economy and in all social sectors. Faced with the lack of public health policies, traditional populations culturally resort to phytotherapy and self-care. Thus, based on their perception of the disease, these subjects develop prevention and treatment strategies against COVID-19. Thus, the present work consisted of investigating information about the perception and coping with COVID-19 in two traditional communities in the city of Abaetetuba, Pará. Methodologically, questionnaires were applied to residents and representatives of the localities to obtain an overview of COVID-19 and the strategies adopted to combat the disease. In total, 18 questionnaires were applied, 7 in the Ramal do Piratuba community and 11 in Ilha do Capim. It was noticed that non-pharmacological methods, such as social distancing and the use of food and medicinal plants, were applied in the localities to combat COVID-19. Eighteen species of plants were cited, including garlic (Allium sativum L.), passion fruit (Passiflora edulis Sims) and turmeric (Curcuma longa L.) used mainly to increase immunity and treat psychological damage caused by the pandemic. Most of these species are bought at fairs and herb shops, few are cultivated. Therefore, care for traditional communities is essential so that the culture and ethnobotanical knowledge of these peoples remain between generations.
A crise do novo Coronavírus desencadeou muitos colapsos, tanto na saúde, quanto na economia e em todos os setores sociais. Diante da carência de políticas públicas em saúde, populações tradicionais culturalmente recorrem à fitoterapia e cuidados próprios. Assim, a partir de sua percepção sobre a doença, esses sujeitos desenvolvem estratégias de prevenção e tratamento contra a COVID-19. Desta forma, o presente trabalho consistiu em investigar o uso de plantas medicinais e alimentícias no enfrentamento da COVID-19 em duas comunidades tradicionais na cidade de Abaetetuba, Pará. Metodologicamente, utilizou-se questionários aplicados com moradores e representantes das localidades para se obter dados sobre as espécies botânicas utilizadas para COVID-19. No total, foram aplicados 18 questionários, sendo 7 na comunidade Ramal do Piratuba e 11 na Ilha do Capim. Percebeu-se que para o enfrentamento da COVID-19 se foi aplicado nas localidades métodos não farmacológicos, como o uso de plantas medicinais e alimentícias. Foram citadas 18 espécies de plantas onde se destaca o alho (Allium sativum L.), maracujá (Passiflora edulis Sims) e açafrão (Curcuma longa L.) utilizados, principalmente, para aumentar a imunidade e tratar danos psicológicos causados pela pandemia. A maioria dessas espécies são compradas em feiras e casas de ervas, poucas são cultivadas. Portanto, o cuidado com as comunidades tradicionais é fundamental para que a cultura e os conhecimentos etnobotânicos desses povos permaneçam entre as gerações.