Paula Carvalho, Carina Coelho, Natacha Franco, Daniela Cunha Terto, Zélia Caçador Anastácio
Introduction: Food is a basic human need throughout the course of a human being’s life, with a multifactorial character. It is associated with comfort, affection, compassion and, in its absence, with the progression of the disease and the proximity of death. Managing the loss of the ability to eat is a huge challenge for the patient, family, carers and care team. Aim: To identify the challenges, perceptions, strategies and nursing interventions in managing end-of-life feeding. Methodology: A qualitative study was carried out through a narrative review using the Scielo, Pubmed, Web of Science, Medline and B-on databases. The following inclusion criteria were defined: complete scientific journal articles published in Portuguese, English and Spanish between 2018 and 2024. Of the articles consulted, six were selected. Results and Discussion: Throughout human life, eating is associated with family experiences of sharing, celebration, comfort, affection, compassion and care. As the disease progresses, pathophysiological changes arise that affect the patient’s and family’s life activities, particularly eating. At this time, eating can be perceived by the family as anguish and as bringing death closer. The values and beliefs about feeding are not fully known and perceived by nurses, with difficulty in knowing the ideal time to stop, knowing the impact and meaning attributed by the patient and family, becoming an attitude of therapeutic obstinacy. Conclusion: Eating at the end of life is a challenge for nurses specializing in medical-surgical nursing for people in a palliative situation, from diagnosis to the implementation of nursing interventions, in order to promote comfort and dignity for the patient and family/caregiver.
Introdução: A alimentação constitui umamnecessidade humana básica ao longo do percurso da vida do ser humano com carácter multifatorial. É associada ao conforto, carinho, compaixão e, na sua ausência, com a progressão da doença e proximidade da morte. Gerir a perda da capacidade de alimentação constitui um enorme desafio, para o doente, família, cuidadores e equipa assistencial. Objetivo: Identificar os desafios, perceções, estratégias e intervenções de enfermagem na gestão da Alimentação em fim de vida. Metodologia: Foi realizado um estudo qualitativo através de uma revisão narrativa nas bases de dado Scielo, Pubmed, Web of Science, Medline e B-on. Definiram-se os seguintes critérios de inclusão: artigos de revistas científicas completos, publicados em Português, Inglês e Espanhol entre 2018 e 2024. Dos artigos consultados foram selecionados 6 artigos. Resultados e Discussão: Ao longo da vida do ser humano a alimentação está associada a vivências em família, de partilha, de celebração, de conforto, carinho, compaixão e cuidado. Com a progressão da doença surgem alterações fisiopatológicas que afetam as atividades de vida do doente e família, nomeadamente na alimentação. Neste momento a alimentação pode ser percecionada pela família como angústia e aproximação da morte. Os valores e crenças sobre a alimentação não são totalmente conhecidos e percebidos pelos enfermeiros, com dificuldade em conhecer o momento ideal de parar, de conhecer o impacto e significado atribuído pelo doente e pela família tornando-se numa atitude de obstinação terapêutica. Conclusão: A alimentação em fim de vida constitui um desafio para o Enfermeiro Especialista em Médico cirúrgica na Área de Enfermagem à Pessoa em Situação Paliativa, desde o diagnóstico à implementação de intervenções de enfermagem, no sentido de promover o conforto e dignidade ao doente e família/cuidador.