Marcilene Marques de Freitas Tamborini, Karine Raquel Uhdich Kleibert, Jonathan Tamborini, Ana Paula Alves, Christiane de Fátima Colet
Introdução: a enfermagem se destaca entre as profissões mais susceptíveis aos riscos de desenvolverem sintomas físicos, sendo vulnerável ao sintoma da dor, visto que seu processo de trabalho envolve uma rotina com sobrecarga de trabalho, conflitos interpessoais, alta demanda e baixo suportesocial. Objetivo: identificara ocorrência da dor musculoesquelética em enfermeiros da Atenção Primária à Saúde. Método: estudo quantitativo transversal, realizado no sul do Brasil, entre junho de 2021 e fevereiro de 2022. Amostra de 21 enfermeiros, utilizando questionário relacionado à dorea os sintomas osteomusculares. Dados analisados com estatística descritiva e analítica. Resultados: 20 (95,2%) dos enfermeiros relataram dor de intensidade variada, em diferentes regiões anatômicas no último ano. Destes, 8 (38%) afirmaram ter tido impedimento para realizar atividades cotidianas. E, 10 (47,3%) procuraram ajuda profissional para tratamento. Quanto à intensidade da dor: 66,6% avaliaram sua dor como moderada e 14,2%, como intensa. As maiores queixas de dor estiveram associadas a faixa etária (p 0,026); e considerar o estado saúde atual como regular esteve associado com a dor nos punhos/mãos (p 0,047), pescoço (p 0,045); e ombros (p 0,019); não ter tempo para o lazer associou-se com dor na parte inferior das costas (p 0,045). Conclusão: os enfermeiros da APS sentem dor musculoesquelética em diversas regiões anatômicas e com intensidade variada. E, esta dor está associada à fatores de risco inerentes ao processo de trabalho. As regiões mais acometidas foram ombros, pescoço e parte superior das costas. Constatou-se que a idade e a percepção do estado de saúde como regular estiveram associados a maiores queixas de dor. Tendo em vista que, a dor se constitui em um problema que pode afetar diretamente a qualidade de vida e da assistência desses profissionais, destaca-se a importância de traçar estratégias que visem a diminuição dos fatores que favorecem a dor no ambiente de trabalho desses profissionais.
Introduction: nursing stands out among the professions most susceptible to the risk of developing physical symptoms, being vulnerable to the symptom of pain, as its work process involves a routine with work overload, interpersonal conflicts, high demand and low social support. Objective: to identify the occurrence of musculoskeletal pain in Primary Health Care nurses. Method: cross-sectional quantitative study, carried out in southern Brazil, between June 2021 and February 2022. Sample of 21 nurses, using a questionnaire related to pain and symptoms musculoskeletal. Data analyzed with descriptive and analytical statistics. Results: 20 (95.2%) of nurses reported pain of varying intensity, in different anatomical regions in the last year. Of these, 8 (38%) stated that they were unable to carry out dailyactivities. And, 10 (47.3%)sought professional help for treatment. Regarding pain intensity: 66.6% ratedtheir pain as moderate and 14.2% as intense. The greatest pain complaints were associated with age group (p 0.026); and considering the current health status as regular was associated with pain in the wrists/hands (p 0.047), neck (p 0.045); and shoulders (p 0.019); not having time for leisure was associated with lower back pain (p 0.045). Conclusion: PHC nurses feel musculoskeletal pain in different anatomical regions and with varying intensity. And, this pain is associated with risk factors inherent to the work process. The most affected areas were the shoulders, neck and upper back. It was found that age and perception of health status as regular were associated with greater pain complaints. Considering that pain constitutes a problem that can directly affect the quality of life and care of these professionals, the importance of designing strategies aimed at reducing the factors that favor pain in the work environment of these professionals is highlighted.